Integrantes de uma quadrilha especializada no tráfico internacional de armas e drogas foram condenados pela 5ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande. Ambos foram alvos da Operação Liquidação, deflagrada pela Polícia Federal em 2011, na cidade de , na fronteira com a Bolívia, e também na linha internacional com o Paraguai, para desarticular criminosos que, especialmente, enviavam armas para o Nordeste.

Um dos condenados era integrante de uma quadrilha especializada em assalto a bancos no nordeste brasileiro e chegou a assumir a articulação logística do transporte do armamento usado nos crimes. Ele foi condenado a 13 anos, cinco meses e 23 dias de reclusão, no regime inicial fechado,e ao pagamento de 663 dias-multa, no valor unitário de um trigésimo do valor do , vigente na data do fato.

O outro envolvido era responsável pela cooptação de pessoas para o transporte de armas e drogas da Bolívia para Corumbá e depois Campo Grande, de onde seguiam para o Rio de Janeiro. Ele foi condenado a 16 anos e quatro meses de prisão, em regime inicial fechado, bem como ao pagamento de 1.415 dias-multa, como o comparsa, no valor de um trigésimo do valor do salário mínimo, vigente na data do fato.

O esquema foi descoberto a partir de . A PF solicitou rastreamento de fuzis e descobriu que o grupo contava com um boliviano que comprava as armas em Miami, nos . Ele havia sido preso e os policiais obtiveram outras informações que levaram aos receptadores, que também acabaram presos. Por meio de perícia nos celulares deles, foi possível descobrir a organização, que foi desarticulada durante a operação.