‘Entre sua vida ou de terceiro, a escolha é fácil’, diz advogado de sobrinho que matou agiota

A defesa de Camilo Arcanjo Camilo Júnior que vai a julgamento pelo assassinato do tio agiota Oswaldo Foglia, deve pedir pela absolvição, no júri desta sexta-feira (23), em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 16 de julho de 2019, no Jardim São Lourenço. Segundo o advogado Marlon Ricardo da Lima, Camilo escolheu pela vida […]

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A defesa de Camilo Arcanjo Camilo Júnior que vai a julgamento pelo assassinato do tio agiota Oswaldo Foglia, deve pedir pela absolvição, no júri desta sexta-feira (23), em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 16 de julho de 2019, no Jardim São Lourenço.

Segundo o advogado Marlon Ricardo da Lima, Camilo escolheu pela vida dele e não a do tio, que o estava ameaçando de morte, “Entre escolher pela sua vida, da sua família e de terceiro, é fácil a escolha”, disse o advogado.

O advogado ainda disse que Oswaldo estava extorquindo seu cliente fazendo ameaças de morte, o que acabou resultando no assassinato. Um amigo de Miguel, José Almeida de 40 anos, disse que Arcanjo teria agido em legítima defesa defendo a sua família, “O Miguel nesse caso eu tenho ele como inocente por ter defendido a família, o Miguel não é bandido, o Júnior sim. Ele tem diversas passagens pela polícia”, disse.

Amigos de Miguel foram até o Fórum vestidos com uma camiseta com os dizeres, “Salvara vida de sua família não pode ser crime”.

O crime aconteceu após uma cobrança de dívida feita por Oswaldo, que teve os serviços contratados por político de uma cidade do interior no valor de R$ 150 mil.  Miguel Arcanjo teria feito o intermédio entre o tio e a contratação por parte deste político, que teria desfeito o acordo depois de Oswaldo ter agido de forma violenta. No entanto, Miguel não teria contado ao tio sobre o desacordo e acabou passando cheques para a ele na tentativa de quitar a dívida de R$ 150 mil.

Porém, próximo dos cheques serem descontados Oswaldo teria ido até a conveniência exigindo o dinheiro, momento em que armado, após uma discussão, Miguel efetuou nove disparos contra o tio, sendo que três acertaram o agiota que morreu no local.

Por duas vezes, sua defesa informou que ele compareceria espontaneamente na delegacia, o que não ocorreu. Por este motivo, a autoridade policial requereu a decretação de prisão do suspeito. Ele foi capturado no dia 22 daquele mesmo mês.

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