A juíza Rosarito Montania determinou nesta sexta-feira (23) a prisão preventiva do empresário Alberto Ayala Jacquet, dono de uma exportadora de carvão cujo contêineres foram encontrados recheados de cocaína na terça-feira (20) passada, no porto de Terport, em Assunção, no Paraguai

Na data da apreensão, a defesa de Ayala alegou que o cliente desconhecia o carregamento de drogas e que apenas ‘alugou’ o nome de sua empresa para Cristian Turrini, apontado com dono da droga, que enviaria carvão para a Bélgica e Israel. Ayala foi preso em casa, no bairro Sajonia, nesta madrugada, em Assunção.

Turrini, por sua vez, também disse que não fazia ideia de que havia cocaína nos sacos de carvão e acredita que a droga, a maior apreensão já feita no país vizinho, tenha sido plantada por algum funcionário ‘desleal’ como tentativa de incriminá-lo.

De acordo com o advogado Roberto Zapattini, os sacos de carvão que foram encontrados não são das mesmas empresas que Turrini costuma trabalhar. Neste sentido, fortalece a suspeita de armação. “Não acredito que a Polícia Nacional tenha implantado a droga, mas acredito que possa ser o caso de algum empregado desleal”, disse ao jornal paraguaio ABC Color.

Zapattini afirma ainda que, quando o suspeito viu as imagens da operação, a primeira coisa dita foi: “Estes não são meus sacos [de carvão]”. Conforme já noticiado, os agentes do Departamento de Antinarcóticos da Polícia Nacional vistoriaram com a equipe do canil, diversos contêineres, onde em seis deles foram encontrados os pacotes de drogas.