A travesti, dona da pensão, no bairro Amambai, em Campo Grande, que foi presa neste domingo (1º) acusada de obrigar um garoto de 16 anos a se prostituir para pagar a conta negou em depoimento o crime. Ela passa por audiência de custódia, nesta terça-feira (3).

Em depoimento, a travesti contou que possui o pensionato há oito anos, e que no local há seis quartos que aluga por mês ou dia, sendo que o garoto teria ligado para ela há três semanas pedindo para locar um dos cômodos da casa. Ele teria mandado uma foto para a ela se apresentando como travesti também e que teria 27 anos.

Ainda segundo o depoimento da dona do pensionato, o adolescente faria programas fora do estabelecimento dela, mas que nunca o obrigou a fazer nada. O quarto foi alugado para o garoto pelo valor de R$ 500. Uma semana antes da polícia ir até o pensionato depois de uma denúncia do Conselho Tutelar, uma prostituta teria ligado para a dona do estabelecimento afirmando que mataria o garoto por ele ter dado atenção ao marido dela. Nesta terça (3), a travesti passa por audiência de custódia, e disse ter sido vítima de armação.

No registro policial, a informação era de que uma amiga do adolescente teria indicado o local para ele, que estava vindo de Rondonópolis para a Capital. Também na ocorrência estava que a dona do pensionato havia obrigado o garoto a se prostituir para pagar a conta, e que ela havia conseguido documentos falsos para ele.