Defesa diz que lutador de MMA é inocente na morte de bebê pisoteado pela madrasta

Com julgamento a portas fechadas, Joel Rodrigo Avalo dos Santos, 28 anos, e Jéssica Leite Ribeiro de 24 anos vão a júri nesta terça-feira (10), em Dourados a 225 quilômetros de Campo Grande, pela morte do bebê de 1 ano, Rodrigo Moura Santos. A defesa de Joel tentará a absolvição do lutador de MMA. Os […]

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Com julgamento a portas fechadas, Joel Rodrigo Avalo dos Santos, 28 anos, e Jéssica Leite Ribeiro de 24 anos vão a júri nesta terça-feira (10), em Dourados a 225 quilômetros de Campo Grande, pela morte do bebê de 1 ano, Rodrigo Moura Santos. A defesa de Joel tentará a absolvição do lutador de MMA.

Os advogados de defesa de Joel, Vitor Cáceres e Renan Pompeu falaram ao Jornal Midiamax, que tentarão a absolvição ou pena mínima para o cliente, já que segundo eles, o lutador não teria participado do crime sendo apenas omisso em relação ao filho.

Jéssica Leite Ribeiro, que está presa em Corumbá, será ouvida por videoconferência, e segundo a defesa, ela não teve a intenção de matar o bebê, e por isso, o advogado tentará pena mínima para a ré. O júri é composto por quatro mulheres e três homens e acontece 1 ano e 6 meses depois do crime. Os dois são acusados de homicídio qualificado por emprego de meio cruel contra o bebê. O homícidio aconteceu, no dia 16 de agosto de 2018, na residência do casal, localizada na Rua Presidente Kennedy, no Jardim Márcia.

No dia do crime, Joel saiu para trabalhar e como de costume Jéssica o acompanhou até o portão. Quando retornou percebeu as duas crianças já acordadas e teria se dirigido a uma das peças da residência para preparar o leite delas.

Jéssica então colocou o menino no balcão e para entretê-lo, entregou-lhe uma sacola plástica. Logo em seguida a menina quis lhe tirar a sacola, causando a sua queda. A mulher disse que pegou o menor do chão que chorava muito e percebeu um pouco de sangue saindo de sua boca. Em seguida, ele foi colocado em um colchão. Como a criança não parava de chorar e há dias ela não conseguia dormir, se irritou e chegou a cobrir a própria cabeça com uma coberta. Jéssica contou que jogou sobre o bebê outro cobertor, foi quando percebeu Rodrigo fazendo força. Ainda segundo ela, o menino possuía problemas de intestino e chegou a usar um supositório para conseguir realizar suas necessidades fisiológicas.

Acreditando se tratar de problemas intestinais, pediu para que a irmã dele lhe apertasse a barriga, porém, a garota começou a pisar no local, aumentando ainda mais o choro da criança. Jéssica então teria se aproximado e apertado a barriga do garoto com muita força, ‘irritada e nervosa’, como relatou à polícia, começou a fazer movimento com as pernas do bebê na tentativa de acabar com o que parecia cólica. “Tudo o que eu fiz foi com força”, diz trecho do depoimento.

Depois, ela colocou os seus joelhos sobre o abdome de Rodrigo e não percebeu os ossos se quebrando. Depois do procedimento, o colocou deitado de lado e ao levantar para buscar óleo de oliva para dar à criança na tentativa de ‘soltar’ o intestino, acabou pisando nas costelas dele.

A mulher voltou a pedir para que a menina apertasse a barriga de Rodrigo e achando que se tratava de uma brincadeira, a irmã continuou a pisar na criança. Em seguida a criança avisou, “tia, ele vomitou”. Ao chegar próximo ao menino, percebeu que ele babava e que não chorava mais, “estava quieto”.

Logo em seguida, viu que não respirava mais. Desesperada, o pegou pelo pescoço e tentou realizar respiração boca a boca, segundo ela, causando os arranhados no menor. Questionada, disse não ter contado essa versão porque estava assustada e confirmou que no momento da morte do menino, Joel não estava em casa. Ainda segundo Jéssica, ela afirmou ao companheiro que já não aguentava mais a situação a qual viviam e entre os fatores, ter que cuidar de filhos que não eram dela.

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