‘Cipriano do PCC’ é absolvido e advogada multada em R$ 20 mil por faltar a júri
No início da tarde desta sexta-feira (27) foi divulgada a sentença do julgamento de Ronielson Ferreira dos Santos, 32 anos, o ‘Cipriano do PCC’. Acusado de ser integrante da facção Primeiro Comando da Capital e assumir função de ‘disciplina’, ele negou ter cometido homicídio pelo qual está preso desde 2018 e foi absolvido. Conforme a […]
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No início da tarde desta sexta-feira (27) foi divulgada a sentença do julgamento de Ronielson Ferreira dos Santos, 32 anos, o ‘Cipriano do PCC’. Acusado de ser integrante da facção Primeiro Comando da Capital e assumir função de ‘disciplina’, ele negou ter cometido homicídio pelo qual está preso desde 2018 e foi absolvido.
Conforme a peça, Ronielson foi pronunciado por homicídio ocorrido em 30 de março de 2018, por volta das 21 horas, na Favela da Conquista, região do Jardim Noroeste. Douglas Vitoriano foi morto a facadas naquele dia e ‘Cipriano do PCC’ foi acusado do crime, sob alegação de que seria uma briga entre facções rivais.
O defensor público Gustavo Henrique Pinheiro Silva sustentou as teses de absolvição, uma vez que o réu negou participação e autoria no crime. Por maioria de votos, o conselho de sentença absolveu Ronielson. Assim, o juiz Aluizio Pereira da Silva, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que presidiu o julgamento, ordenou a expedição de alvará de soltura.
Multa para advogada
Ainda na peça o juiz afirma que novamente a advogada do réu faltou, sem apresentar justificativa. Ela já havia sido informada que seria multada em 10 salários mínimos por ter faltado a outro julgamento (motivo pelo qual o júri foi transferido para esta sexta-feira). Por conta do abandono no processo, o juiz decidiu por aplicar nova multa no mesmo valor.
Segundo o magistrado, este é o terceiro julgamento que a advogada não comparece, relembrando ainda outro caso. Por conta disso, ela deve pagar a multa totalizada em R$ 20.900 e tem 10 dias para isso.
Crime e julgamento
Douglas Vitoriano foi encontrado morto, com os pés e mãos amarradas, na rua Olinda, ao lado de um barraco. Antes do crime, de acordo com o inquérito policial, Ronielson afirma que Douglas entrou chutando seu barraco, dizendo que foi ao local a mando da facção Comando Vermelho, para matá-lo.
Interrogado durante julgamento nesta sexta, Ronielson disse que não faz parte de facção criminosa, mesmo com provas nos autos de ser conhecido como ‘disciplina’. Ele também afirmou que na data do crime estava trabalhando em uma carvoeira.
De acordo com o inquérito, Ronielson teria amarrado e torturado Douglas. Para matar, teria ainda utilizado uma faca e uma machadinha.
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