Cabeleireiro encontrado em córrego tinha depressão e deixa filha de 12 anos

Jorge Alexandre Hattene, 33 anos, encontrado morto na tarde desta terça-feira (22) no córrego da Avenida Ernesto Geisel, há 8 anos fazia tratamento por conta da depressão. Ele fazia uso de medicamentos e na noite de segunda-feira (21), antes de sumir disse ao pai que queria tirar a própria vida. O pai do cabeleireiro, Sebastião […]

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Jorge Alexandre Hattene, 33 anos, encontrado morto na tarde desta terça-feira (22) no córrego da Avenida Ernesto Geisel, há 8 anos fazia tratamento por conta da depressão. Ele fazia uso de medicamentos e na noite de segunda-feira (21), antes de sumir disse ao pai que queria tirar a própria vida.

O pai do cabeleireiro, Sebastião Hattene, de 55 anos, disse ao Midiamax que recebeu a ligação do filho por volta das 18h30. Assim, Jorge chorava e dizia que queria tirar a própria vida, mas o pai tentava conter. Então, após ele desligar, a família foi até o shopping Norte Sul, onde sabiam que ele estava e começaram a procurar.

Já no shopping, o pai chegou a ver vídeos das câmeras de segurança e viu Jorge tomando um chopp. Então, os familiares procuraram por Jorge nas proximidades do córrego, porém não o encontraram. Só na tarde desta terça-feira, trabalhadores que atuam nas obras nas margens do córrego encontraram o corpo.

Ainda segundo Sebastião, Jorge deixa uma filha de 12 anos. “Para ele, qualquer coisa era muito mais intenso. Um probleminha para ele virava um problema ainda maior”, lembrou o pai ao contar também que recentemente Jorge terminou um relacionamento.

Amigas e clientes nas buscas

Duas colegas de trabalho de Jorge, Mariana Trindade, de 50 anos, e Ana Célia, de 45 anos, contaram que também estiveram nas buscas pelo cabeleireiro. Assim, desde a noite de segunda-feira foram até a região da Avenida Ernesto Geisel, perto do shopping, onde procuravam pelo amigo.

Ainda segundo as colegas, até mesmo clientes de Jorge, que trabalhava há quase 10 anos no mesmo salão, também estiveram nas buscas. Também segundo elas, todos que conheciam o cabeleireiro sabiam que ele lidava com a depressão. Assim, nas últimas semanas ele se mostrava bastante feliz, o que para as amigas era um sinal de que as coisas não estavam muito bem.

Já nesta terça-feira, as colegas chegaram a passar pelo local onde o corpo de Jorge foi encontrado, mas não se atentaram. Só quando estavam já um pouco distantes, ainda nas buscas por ele, receberam a ligação avisando que o corpo havia sido encontrado.

A princípio, equipe da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol acompanha a ocorrência, atendida também pelo Corpo de Bombeiros. Perícia também foi acionada ao local e deve identificar a causa da morte.

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Telefone – Ligue 188 (ligação gratuita)

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E-mail – Através do site https://www.cvv.org.br/e-mail/

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