Pai de duas meninas, bombeiro que encontrou corpo no Anhanduí destaca dificuldades do trabalho
Há 14 anos, João Paulo dos Santos integra o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e atua no resgate e salvamento, sendo um dos bombeiros mergulhadores da corporação. Nesta terça-feira (8), o militar estava na equipe que encontrou o corpo do menino de 8 anos, desaparecido no Rio Anhanduí desde a última sexta-feira […]
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Há 14 anos, João Paulo dos Santos integra o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e atua no resgate e salvamento, sendo um dos bombeiros mergulhadores da corporação. Nesta terça-feira (8), o militar estava na equipe que encontrou o corpo do menino de 8 anos, desaparecido no Rio Anhanduí desde a última sexta-feira (4).
“Tenho duas filhas, não é fácil”, relatou emocionado o bombeiro quando seguia para conversar com a mãe do menino, que morreu afogado no rio. O militar lembrou ainda que passou a noite preocupado, sabendo da responsabilidade do trabalho “Nem dormi direito essa noite, pensando que tinha que encontrar”, disse.
O bombeiro ainda relatou que, junto do colega, seguiria de caiaque até o Distrito de Anhanduí nas buscas pelo menino. “Não é fácil, todos os dias recomeçamos do ponto em que ele desapareceu”, comentou. Isso, porque como nos primeiros dias o corpo pode ficar submerso e depois flutuar por conta da decomposição, a varredura nas buscas é feita em toda a extensão do rio desde o local do desaparecimento.
No sábado (5), os militares percorreram 16 quilômetros em buscas. Já no domingo (6) foram mais 20 quilômetros e na segunda-feira (7) 35 quilômetros. Ao todo, foram 71 quilômetros percorridos em buscas pela criança.
“Cada caso é diferente e a gente nunca se acostuma, ainda mais quando se trata de criança ou idoso”, contou. O militar lembrou que após aproximadamente 4 quilômetros a equipe encontrou o menino, com metade do corpo flutuando em uma curva do rio. O local ficava aos fundos de uma propriedade rural.
Equipes da Perícia, Polícia Civil e funerária foram por terra ao local, onde foram feitos os procedimentos necessários para registro do caso. A princípio, será elaborado boletim de ocorrência pela Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.
Condições e buscas
Nesta terça-feira familiares montaram uma força-tarefa para ajudarem nas buscas. Os bombeiros militares atuaram com caiaques, mergulhadores, com cães bombeiros e também com auxílio de um drone. Como as condições climáticas melhoraram, foi possível utilizar mais artifícios nas buscas.
Logo no início da manhã as equipes começaram a descer o rio e por volta das 8h40 localizaram o corpo, que estava flutuando em uma curva. A princípio, segundo os bombeiros o menino pode ter ficado submerso desde o primeiro dia do desaparecimento, flutuando apenas por conta das condições de decomposição.
Desaparecimento
Na última sexta-feira (4), a família foi até a casa do tio, na região do Parque do Lageado, para uma visita. Com os irmãos de 12, 13 e 15 anos, o caçula de 8 anos desceu até o córrego para pescar, quando aconteceu a chegada de uma ‘cabeça d’água’.
O fenômeno ocorre quando há chuvas no curso do rio, na região do córrego, que provocam o aumento rápido e repentino do nível da água. Pouco antes das 18 horas de sexta-feira, os bombeiros foram chamados por conta do desaparecimento de pessoas no córrego.
Os dois meninos de 12 e 13 anos conseguiram sair e pediram ajuda ao tio, que foi até o rio. Desesperado, ele entrou nas águas em busca das crianças. No entanto, testemunhas informaram para os bombeiros que viram o tio e um dos sobrinhos saindo do córrego pela margem.
A princípio a informação era de que o homem, de 36 anos, e os sobrinhos de 8 e 15 anos foram arrastados para dentro do córrego e desapareceram. Horas depois, o tio e o sobrinho mais velho foram encontrados na Avenida Gunter Hans.
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