Os apagões relatados por Marcos André Vilalba, de 21 anos, assassino confesso de Carla Santana Magalhães, de 25 anos, começam a ‘desaparecer' e o servente de pedreiro passou a dar detalhes do dia do crime afirmando se lembrar de ter dado apenas uma facada no pescoço da vítima, que tinha várias perfurações, além de ter sido degolada.

Informações apuradas pelo Jornal Midiamax são de que Marcos André teria afirmado se lembrar de ter dado um mata leão na jovem e a arrastado para dentro de casa, no bairro Tiradentes, e dentro da residência teria desferido um da faca no pescoço de Carla. Ao perceber que ela estava morta a arrastou para debaixo da cama.

Em seguida, disse se lembrar de voltar a beber pinga e depois ir na casa do ex-patrão por volta das 22 horas do dia 30 de junho para falar com o homem, que o mandou voltar sem saber o que havia acontecido. Marcos, então, voltou para casa e dormiu com o corpo de Carla embaixo da cama.

Ele ainda teria relatado se lembrar de ter desovado o corpo de Carla em frente a conveniência, que fica na esquina da casa da família da jovem. Ele contou ter colocado o corpo no ombro e deixa-lo em frente ao local, indo trabalhar normalmente.

Marcos André ainda falou que se desfez das roupas da jovem que foi abusada com um apetrecho sexual que era usado pelo assassino. Até o início da próxima semana, Marcos André deve ser encaminhado para um estabelecimento penal. Por enquanto, ele ainda ocupa uma cela da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios).

O ex-patrão de Marcos prestou depoimento nesta quinta (16) e disse que no dia do crime não teria deixado Marcos nem falar o mandando embora para casa, já que era tarde, por volta das 22 horas.

Prisão

Marcos foi preso por equipes do Batalhão de Choque que intensificaram as diligências na região, onde o suspeito morava após receber a informação de que o vizinho de Carla seria o seu assassino, sendo que na noite de segunda-feira (13) por volta das 22 horas, Marcos acabou preso. Ele teve a prisão decretada pela Justiça. Na casa foi encontrado pelos policiais, um lençol sujo de sangue ao lado de um fogão e uma máscara suja de sangue.

Desaparecimento e assassinato

Carla estava desaparecida desde o dia 30 de junho, quando saiu para ir a um mercado na companhia de uma amiga.  No dia do ela teria gritado por socorro antes de ser levada. A mãe da jovem estava assistindo quando ouviu os gritos e ao sair, Carla já tinha sido levada.

A polícia investigava o sequestro e imagens de câmeras de segurança que ficavam em uma padaria já tinham sido analisadas, mas como as imagens estavam prejudicadas não tinha como ver se realmente um carro havia levado a jovem. Áudios captados das imagens do dia do sequestro teriam apontado que possivelmente duas pessoas teriam levado a jovem, mas já está hipótese já teria sido descartada pela polícia como o suposto carro usado. O corpo de Carla foi deixado em frente a uma conveniência, sem roupas, e com perfurações de faca no pescoço, no dia 3 de julho.