Matou o amigo a marteladas e tentou usar dinheiro da vítima para pagar advogado

Foi novamente a julgamento nesta quarta-feira (5) pelo assassinato de Berlamino Barbosa de Souza de 58 anos, em novembro de 2018, o acusado Geronilson Souza Nascimento, de 24 anos. O primeiro julgamento feito em novembro de 2019 foi cancelado após a mudança de qualificadora para o crime de homicídio para latrocínio. Nesta quarta (5), em […]

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Foi novamente a julgamento nesta quarta-feira (5) pelo assassinato de Berlamino Barbosa de Souza de 58 anos, em novembro de 2018, o acusado Geronilson Souza Nascimento, de 24 anos. O primeiro julgamento feito em novembro de 2019 foi cancelado após a mudança de qualificadora para o crime de homicídio para latrocínio.

Nesta quarta (5), em depoimento diante do júri, Geronilson negou que tenha desferido oito marteladas contra a cabeça da vítima alegando se lembrar, apenas, de três golpes. Após, o assassinato, ele teria ocultado o cadáver e ainda teria tentado sacar dinheiro da conta bancária de Berlamino para pagar um advogado, segundo acusação do Ministério Público Estadual.

Geronilson alegou que matou o amigo a quem se referiu nesta quarta (5), a ‘um cara bacana’ para se defender das agressões dele. No dia do crime, o réu contou que havia ingerido bebidas alcoólicas e que havia voltado a casa do amigo para buscar pertences pessoais, já que por um tempo dividiram a mesma casa.

Sendo que Berlamino teria questionado se o autor estaria se relacionando com sua ex, momento em que os dois começaram uma discussão e a vítima teria tentado agredi-lo com um martelo, que foi retirado das suas mãos pelo Geronilson que desferiu os golpes na cabeça do amigo. Ele disse só se lembrar de três marteladas, mas a perícia na época apontou oito marteladas.

Sobre a tentativa de ocultar o cadáver, o réu contou que não sabia o que fazer após o assassinato, e por isso, colocou o corpo dentro do carro da própria vítima e o levou até Aquidauana. Depois do assassinato e da desova do corpo, Geronilson teria ido a uma festa e em seguida a uma fazenda para tentar arrumar dinheiro para pagar um advogado, já que ao tentar sacar da conta de Belarmino percebeu que o amigo só tinha R$ 7.

O júri desta quarta-feira (5) é composto por quatro mulheres e três homens.

O crime

O crime ocorreu no dia 23 de novembro de 2018, e o corpo foi encontrado três dias depois, em um matagal na cidade de Aquidauana. O réu confessou o crime, mas afirmou que teria se defendido. Belarmino conheceu Geronilson no trabalho, depois viraram amigos e a vítima ofereceu moradia para o amigo. “Ele me ajudou muito, só tenho que agradecer, eu não queria ter matado ele”, disse o autor em depoimento durante o júri, que foi cancelado posteriormente.

Na data dos fatos, eles teriam tido uma discussão, que segundo depoimento de Geronilson, começou por ciúmes de uma ex-namorada da vítima. “Estava trocando mensagens com ela pelo Facebook, ele ficou enciumado e começou a mudar comigo”, relatou. O réu afirmou que já teria alugado uma casa após brigar com Belarmino e no dia do assassinato, foi até a residência da vítima para buscar algumas coisas. “No dia eu tinha fumado maconha e tinha bebido bastante. Voltei tarde e ele perguntou se eu estava com a ex dele, então me deu uma porrada”, contou.

Depois, segundo o depoimento, Belarmino teria ido ao quarto. “Ele falou que ia pegar um negócio pra mim e então eu o acompanhei. Ele pegou um martelo e me atingiu, tomei o martelo dele e dei um soco”, afirmou. Depois disso foram mais cerca de sete marteladas na vítima, mas Geronilson afirma que desferiu três.

O réu afirmou que não sabia o que fazer. “Foi passando o efeito da cerveja, e então coloquei o corpo no carro e levei até um matagal em Aquidauana”, contou. Geronilson nega que roubou a vítima, no entanto, cartão, dinheiro e o carro da vítima foram levados pelo acusado. A família da vítima acredita que Geronilson matou para roubar. O Ministério Público, durante o júri, passou a sustentar a mesma tese.

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