No fim da tarde de quinta-feira (19), o juiz de Direito Vinicius Pedrosa Santos decidiu por manter a prisão do médico oftalmologista preso com drogas em , cidade a 338 quilômetros de Campo Grande. O flagrante aconteceu na quarta-feira, após o suspeito viajar de Araçatuba (SP) até o município para buscar a droga que chegou pelos .

No mesmo dia da prisão, a defesa do médico entrou com pedido de liberdade provisória. Entre as alegações, estava a mesma usada pelo médico durante interrogatório feito pelo delegado Caio Henrique Goto. Ele afirmava que por ser médico e ter bom salário, isso afastaria a suspeita de tráfico de drogas, dizendo ser apenas usuário.

No entanto, este não foi o entendimento da autoridade policial ou do magistrado. A defesa chegou a anexar aos autos a declaração de do médico para esclarecer o poder aquisitivo. Além disso, também alegou que a esposa do oftalmologista está com coronavírus e que ele estaria com sintomas.

Já no presídio de segurança média de Três Lagoas, o suspeito fez teste rápido que foi positivo. Mas como está isolado dos outros presos e não integra grupo de risco, além da unidade prisional fornecer assistência médica necessária, não foi do entendimento do juiz a necessidade de liberdade por tal motivo.

Também para o juiz, se solto o suspeito poderia voltar a cometer o crime. Isso porque ele chegou a viajar para buscar a droga e porque a quantidade apreendida ultrapassa o entendimento de posse para consumo pessoal. Assim, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, por perigo gerado pelo estado de liberdade, necessidade de garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal.

Prisão em flagrante

Alegando não ser traficante por ter salário alto, médico flagrado com droga vai ficar preso
Droga foi apreendida (Foto: Divulgação, PM)

Na quarta-feira, o médico que também atua em Três Lagoas, mas mora em Araçatuba, viajou até a cidade sul-mato-grossense para ir à agência dos Correios. Ele buscou um pacote e logo foi abordado por equipes da Polícia Militar, que tinham a informação de que naquela BMW era transportada droga.

Com auxílio do cão farejador, os policiais identificaram que havia entorpecente na encomenda. Então, o médico abriu a caixa, onde foram encontrados 154 gramas de droga, entre haxixe e . Além da droga, ele também portava mais de R$ 1 mil, que alegou ser proveniente do trabalho como médico, mas ao juiz não restou esclarecida a origem do dinheiro.

Com isso foi feito o flagrante por tráfico de drogas e o caso registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário).