Antes de atirar com a própria cabeça, o advogado Erick Gustavo Rocha Teran, de 43 anos, agrediu a ex-mulher com taco de beisebol e disparou duas vezes contra a vítima, enquanto ela redigia o acordo de separação referente à guarda dos filhos e partilha de bens. Segundo a delegada Ana Luiza Noriler da Silva Carneiro, da (Delegacia de Atendimento à mulher), o homem não aceitava o fim do relacionamento.

Conforme nota divulgada à imprensa, a delegada explicou que vítima e autor estavam em processo de separação e combinaram de se encontrar na manhã desta segunda-feira (02), no escritório de advocacia dele, localizado no centro de . Eles não estavam mais juntos há aproximadamente dois meses e o objetivo era resolver o de forma amigável. 

No entanto, o homem teria ficado nervoso com a situação, motivo pelo qual iniciou uma discussão e enquanto a mulher estava escrevendo os termos do acordo no computador, passou a agredi-la. O advogado inicialmente a golpeou três vezes pelas costas com um taco de beisebol. Em seguida, sacou um revólver e atirou duas vezes. O primeiro disparo atingiu a mulher no braço e o segundo errou o alvo.

Ela conseguiu fugir do local e no momento em que saía de lá, ouviu mais um disparo. A mulher, que tem 36 anos e é estudante de Direito, pediu ajuda em uma conveniência próxima. O proprietário do prédio onde fica o escritório foi informado sobre o ocorrido e acionou a . Lá, os policiais se depararam com o homem caído no banheiro com um tiro na testa, mas ainda vivo. Ele foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para a Santa Casa, onde deu entrada às 11h33 e morreu cerca de 1 hora depois.

A estudante foi atendida pelo Corpo de Bombeiros e também está na Santa Casa, mas não corre risco e aguarda avaliação médica. “A arma de fogo utilizada foi encontrada em cima da pia do banheiro, sendo encaminhada para a perícia juntamente com os projéteis e o taco de beisebol”, disse a delegada, reforçando não haver, ao menos não em registros policiais, histórico de violência entre o casal.

“Em consulta ao sistema não localizamos nenhuma ocorrência registrada pela vítima contra o autor, bem como não havia pedido de medidas protetivas anteriores. Segundo a vítima, o autor não era agressivo, mas não aceitava o fim do relacionamento de quatorze anos.  A investigação segue na Deam”, pontuou.