Pular para o conteúdo
Polícia

Advogado suspenso que trabalhava para cigarreiros e fugiu pulando muros tem pedido de liberdade negado

Emerson Guerra Carvalho foi alvo da Operação War e ficou 1 ano e 7 meses foragido; ele teria outras funções em grupo investigado
Arquivo -

O juiz Rodrigo Vaslin Diniz, substituto da Vara Federal de Naviraí –a 364 km de Campo Grande–, negou pedido de revogação de prisão a Emerson Guerra Carvalho, advogado que teve o direito de atuar suspenso e foi alvo de pedido de prisão em março de 2019, durante a Operação War –que apurou a atuação de um grupo de contrabandistas de cigarros.

Prestes a ser preso, Carvalho fugiu dos policiais pulando muros ao lado de sua casa, em Mundo Novo. Ele permaneceu 1 ano e 7 meses foragido, até se apresentar em outubro deste ano à Justiça Federal.

O pedido de liberdade foi feito pelo advogado tendo como base sua apresentação voluntária à Justiça, considerando “nobre ato de colaboração processual”. Além disso, destacou que a suspensão do direito de advogar e a intenção de firmar acordo de delação premiada podem pesar por sua liberdade –bem como o fato de possuir residência fixa, família constituída, ser réu primário e haver um cenário de risco sanitário com a pandemia de coronavírus.

O MPF (Ministério Público Federal) foi contra o pedido de liberdade e ainda opinou que a ação seja colocada em sigilo, diante da iminência da delação premiada ser fechada.

Em decisão, o juiz responsável negou o pedido do advogado, citando fatos destacados no auto de prisão –que indicam, por exemplo, que Carvalho atuava não apenas como defensor dos cigarreiros, mas cuidava de outros interesses da organização criminosa.

Tais hipóteses foram levantadas com base em interceptações telefônicas e de mensagens por celular de Carvalho, nas quais aparece supostamente ameaçando devedor do grupo e mantendo contatos com “clientes” da quadrilha.

O magistrado ainda destacou que, em 5 de abril de 2019, quando do cumprimento do mandado de prisão na War, “o ora requerente [Emerson Carvalho] evadiu-se de sua residência, pulando o muro, quando da chegada da equipe da Polícia Federal”. Mesmo em fuga, ele requereu sua liberdade.

O advogado permaneceu cerca de 1 ano e 7 meses foragido até que decidiu se apresentar à Justiça Federal para que fosse cumprido o mandado de prisão. Assim, como após uma semana do cumprimento da prisão, não houve mudanças nos fatos apurados, defendeu-se a continuidade da prisão preventiva.

Ao afastar o pedido de liberdade, destacou-se também que ele não seria o único responsável por menor de idade na família; e a pandemia de Covid-19 não autoriza a revisão automática da segregação cautelar se não comprovado que o preso pertence a algum grupo de risco.

Por fim, o juiz acatou a alegação do MPF e decretou o sigilo dos autos, segundo decisão publicada nesta sexta-feira (27) no Diário de Justiça Federal.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: imagens mostram acidente que matou motoentregador na Joaquim Murtinho

Real Madrid impede acerto de Ancelotti com CBF; Jorge Jesus é bola da vez para dirigir seleção

Carro capota em acidente nas proximidades da Câmara de Campo Grande

Ônibus que invadiu bar na Afonso Pena estava estacionado sem freio de mão puxado

Notícias mais lidas agora

Ônibus que invadiu bar na Afonso Pena estava estacionado sem freio de mão puxado

tereza

Tereza Cristina critica situação do Brasil e diz que União Progressistas forma ‘bloco forte’

VÍDEO: imagens mostram acidente que matou motoentregador na Joaquim Murtinho

Campo-grandense que matou taxista em Portugal é absolvido pela segunda vez em julgamento

Últimas Notícias

Política

Gerson Claro se diz honrado ao ser citado por Tereza Cristina como nome ao Senado

Deputado teve o nome citado ao Senado pela ex-ministra

Esportes

Inter e Fluminense abrem vantagem na Copa do Brasil; Atlético-MG e Fortaleza empatam

Internacional que vem em boa fase sob o comando de Roger Machado sofreu para vencer

Esportes

São Paulo conta com ‘desencanto’ de Luciano para virar sobre o Náutico pela Copa do Brasil

O jogo de volta está marcado para o dia 20 de maio

Brasil

Indígenas isolados, idosos e doentes foram vítimas de fraudes contra aposentados

Foram descobertos cadastros em nome de analfabetos e indígenas de comunidades isoladas