Wesner sonhava servir exército: “Não é fácil um filho sair de casa e voltar num caixão”, diz mãe
Trabalhador e sonhador. É assim que a dona de casa Marisilva Moreira da Silva, 47 anos, lembra do filho, Wesner Moreira da Silva. “Ele sonhava em servir o Exército, já tinha até se alistado, só estava esperando ser chamado. Não é fácil para uma mãe ver um filho sair de casa e voltar num caixão”, […]
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Trabalhador e sonhador. É assim que a dona de casa Marisilva Moreira da Silva, 47 anos, lembra do filho, Wesner Moreira da Silva. “Ele sonhava em servir o Exército, já tinha até se alistado, só estava esperando ser chamado. Não é fácil para uma mãe ver um filho sair de casa e voltar num caixão”, lamentou a mulher. Os sonhos do rapaz foram interrompidos no dia 14 de fevereiro de 2017, quando ele não resistiu aos ferimentos causados por uma mangueira de compressão e morreu na Santa Casa de Campo Grande.
A suposta brincadeira em um lava-jato deixou marcas para uma vida toda e uma família inteira. “Não temos mais paz e estamos de luto há dois anos e seis meses, o que aconteceu não foi uma brincadeira”, destacou a mãe. Nesta semana, ao saber da decisão da Justiça, que pronunciou os dois suspeitos pelo crime de homicídio doloso, a mãe relata um sentimento de satisfação. “Ele me pediu para que eles não saíssem impunes e eu vou lutar por isso”, disse a mãe.
O crime aconteceu no dia 3 de fevereiro de 2017. Na noite do dia 2 de fevereiro, Wesner afirmou para mãe que pegaria carona com Thiago Giovanni Demarco Sena, 23 anos, um dos acusados pelo crime. “Ele falou, mãe me acorda bem cedo que o Thiago vai vir me buscar para ir ao serviço. No outro dia, quando o Thiago estava batendo na porta, senti até uma coisa ruim, mas meu filho foi”, conta Marisilva.
Mais tarde, ela recebeu a notícia de que o filho estava no hospital. “Estava muito inchado, irreconhecível”, relata. “Fiquei esperando ele melhorar, quando um dia me contou o que aconteceu. Falou que eles sempre faziam esse tipo de brincadeira com ele e na última vez, um deles laçou ele com pano molhado e o outro colocou a mangueira”, lembra a mãe.
No hospital, Marisilva afirma que prometeu ao filho lutar pela punição dos acusados. “Ele já estava terminando os dias lá [lava-jato], só ficou mais tempo em gratidão ao Willian [também acusado pelo crime] que era vizinho e tinha arrumado o serviço para ele”, afirma. A mãe conta que o rapaz iria sair do lava-jato para servir o Exército.
Marisilva também disse que a família está ansiosa para a data do julgamento e que nunca ficou frente a frente com os acusados pelo crime, Thiago Giovanni e Willian Henrique Larrea, 33 anos. “Deus está me preparando para poder ouvir tudo e ver eles serem condenados, porque eu como mãe jamais vou aceitar a forma como meu filho foi morto. O luto da família só vai acabar quando isso acontecer, porque meu coração ficou lá na CTI”.
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