Testemunhas faltam e júri de marido que matou mulher com 10 facadas é adiado
Nesta quinta-feira (21) seria julgado Genilson Silva de Jesus, acusado de assassinar a esposa Ramona Regilene Silva de Jesus, de 44 anos, no dia 4 de junho de 2017. O júri foi adiado já que três testemunhas de acusação faltaram e segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) seriam imprescindíveis. As três […]
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Nesta quinta-feira (21) seria julgado Genilson Silva de Jesus, acusado de assassinar a esposa Ramona Regilene Silva de Jesus, de 44 anos, no dia 4 de junho de 2017. O júri foi adiado já que três testemunhas de acusação faltaram e segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) seriam imprescindíveis.
As três testemunhas arroladas pelo MPMS não comunicaram sobre as faltas e sequer teriam atendido ao telefone nesta manhã. Elas agora serão conduzidas coercitivamente ao julgamento, que deve acontecer em fevereiro de 2020 e ainda podem ser multadas. Para a acusação, o depoimento delas era imprescindível, sendo que o julgamento não pode acontecer sem a presença delas.
Familiares de Ramona estiveram presentes no Tribunal do Júri e se revoltaram com a falta das testemunhas. “No fim, quem está presa é a minha irmã, que vai ficar presa para sempre no caixão. Ele vai passar mais um Natal com a família”, disse a irmã de Ramona. “Mais revoltante ainda é a filha dela não ter vindo”, relataram as familiares da vítima.
Feminicídio no Celina Jallad
Naquele dia 4 de junho, um domingo, Ramona foi assassinada com 10 golpes de faca pelo próprio marido após uma discussão. Ele chegou a alegar que agiu em legítima defesa, dizendo que ela teria tentado o esfaquear e que ele tomou a faca das mãos dela.
A vítima estava almoçando na casa de uma irmã, no Santa Emília, e o casal já teria tido uma discussão lá. No residencial, as brigas se intensificaram e Genilson perseguiu a esposa pelos cômodos da faca, a esfaqueando. Marcas de sangue ficaram por toda a casa e a vítima ainda correu pedindo socorro, caindo no quintal do vizinho.
Após cair ela ainda foi alcançada pelo marido e esfaqueada mais vezes. Genilson só parou após intervenção dos vizinhos.
Versão do acusado
Genilson contou que durante o almoço em família, ele e outros familiares começaram a fazer brincadeiras sobre algumas travestis que tinham passado pela rua da residência. O acusado afirmou que a esposa tinha muito ciúmes e ao chegar em casa começaram uma discussão por causa das brincadeiras feitas durante o churrasco.
Ele contou em depoimento que a esposa teria dito que ele gostava de travestis, momento em que os ânimos se alteraram e ele passou a desferir palavras de baixo calão. Em seguida Regilene, conforme o relato do acusado, teria buscado uma faca e tentou esfaqueá-lo. Ele tomou o objeto da mão da mulher e a esfaqueou dez vezes.
Versão desmentida
A versão de Genilson foi desmentida pelas delegadas que cuidaram do caso, Fernanda Félix e Anne Karine, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). De acordo com as delegadas, a discussão teria começado no quarto do casal, onde Regilene foi encurralada e esfaqueada.
As paredes e chão ficaram cheias de marcas de sangue. A mulher ainda tentou escapar fugindo pelas ruas do residencial, mas foi perseguida quando caiu no chão e Genilson continuou esfaqueando a esposa. Ele foi agredido por moradores com garrafas e espeto até fugir em meio a um matagal. Genilson foi de Uber até a casa de uma irmã, no bairro Danúbio Azul onde ficou escondido até a sua prisão que aconteceu dois dias depois, dia 6 de junho.
A irmã de Regilene contou que o casal estava em processo de separação, e que Genilson não aceitava. Segundo ela o relacionamento do casal sempre foi marcado por brigas, mas a vítima nunca conseguiu registrar um boletim de ocorrência. Genilson aguarda julgamento em liberdade desde o final de 2017.
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