Sobrinho matou agiota por briga que começou com cobrança de dívida para político

O rolo de uma cobrança de dívida feita por Oswaldo Foglia, que teve os serviços contratados por um político de uma cidade do interior, no valor de R$ 150 mil foi a motivação para o assassinato, no dia 15 deste mês, em frente a uma conveniência, no Jardim São Lourenço, em Campo Grande.

Miguel Arcanjo teria feito o intermédio entre o tio e a contratação por este político, que teria desfeito o acordo depois de Oswaldo ter agido de forma violenta. Mas, Miguel não teria contado ao tio sobre o desacordo e acabou passando cheques para a vítima na tentativa de quitar a dívida de R$ 150 mil.

Mas, próximo dos cheques serem descontados Oswaldo teria ido até a conveniência exigindo o dinheiro, momento em que armado Miguel efetuou nove disparos contra o tio, sendo que três acertaram e o agiota morreu o local.

Miguel foi preso na noite desta segunda-feira (22), no bairro Chácara Cachoeira por equipes do GOI, quando saia de um churrasco no escritório de seu advogado, Nilton Costa Faria que disse que irá tentar revogar a prisão de seu cliente, que não tem antecedentes criminais. 

Antes da sua prisão nesta segunda (22), por duas vezes, ele não se apresentou à polícia e havia um acordo para que se entregasse, mas que não ocorreu. O advogado do acusado do crime havia dito para a reportagem que a família estava querendo interna-lo com medo de que ele tirasse a própria vida.

O assassinato

O assassinato ocorreu na última terça-feira (16) no Jardim São Lourenço, em Campo Grande. O crime aconteceu após Miguel ter sido ameaçado várias vezes pelo seu tio Oswaldo por conta de uma dívida que estaria avaliada em R$ 150 mil e que no dia, o agiota teria ido cobrar R$ 50 mil.

No momento do assassinato, Oswaldo teria ido até a conveniência e teria dito ao sobrinho que estava com um facão no carro e que iria matá-lo. Momento em que armado com uma pistola o autor atirou por três vezes contra o agiota que morreu no local.

Em seguida, o sobrinho fugiu em um Camaro amarelo que foi encontrado abandonado na manhã desta quarta (17), no bairro Cristo Redentor. O advogado disse que todas as provas e gravações das ameaças serão apresentadas a delegacia.