Professora e PM são presos extorquindo fazendeiros em área de conflito

Uma professora indígena e um policial militar foram presos em flagrante nesta segunda-feira (21) por extorquirem produtores rurais para manter suas terras seguras de possíveis invasões de indígenas na região de conflito em Dourados. De acordo com o delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados, Rodolfo Daltro, as investigações iniciaram […]

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Divulgação/SIG
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Uma professora indígena e um policial militar foram presos em flagrante nesta segunda-feira (21) por extorquirem produtores rurais para manter suas terras seguras de possíveis invasões de indígenas na região de conflito em Dourados.

De acordo com o delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Dourados, Rodolfo Daltro, as investigações iniciaram na semana passada após receber a informação.

“A extorsão seria decorrente de conflitos por terras entre indígenas não vinculados a uma aldeia e proprietários rurais na perimetral norte de Dourados”, disse Daltro.

Ainda segundo o delegado, a dupla teria exigido R$ 150 mil para cessar os conflitos na região que foram acirrados no último dia 12 com novas invasões e disputas. Dessa forma, o SIG passou a monitorar os dois acusados e constatou que houve uma nova “negociação” sendo combinado R$ 120 mil em quatro parcelas.

Nesta segunda-feira (21), a dupla teria voltado a pressionar os produtores exigindo o pagamento da primeira parcela. “Eles chegaram a dizer que se o valor não fosse pago os produtores não iriam mais dormir e a coisa iria ficar feia na região”, seguiu Daltro. Dessa forma, foi combinado o local e horário para entregar o dinheiro e a corregedoria da Polícia Militar em razão da possibilidade do militar estar presente no ato.

A dupla chegou a um estacionamento de um mercado através de uma motocicleta e foram presos no momento que recebiam os R$ 30 mil dos produtores. Eles foram autuados em flagrante pelo crime de extorsão, uma vez que pagariam o montante mediante a grave ameaça de ter os seus imóveis rurais invadidos e seus bens depredados.

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