Foi concluído nesta sexta-feira (1) o inquérito sobre o homicídio do policial militar Jurandir Miranda, de 47 anos, cometido pelo colega de farda Izaque Leon Neves, na semana passada, em . Ambos tinham rixa antiga, mas conforme divulgado pelo delegado Jackson Frederico Vale, responsável pelas investigações, em momento algum a vítima fez menção de sacar uma arma contra o autor.

Izaque, por sua vez, alegou em depoimento na manhã de quinta-feira (31) que se sentiu ameaçado pela forma como foi abordado por Jurandir. Testemunhas e familiares dos envolvidos relataram que ambos já haviam sido, inclusive, punidos na Justiça Militar por conta de desavenças e constantes ameaças trocadas. Segundo divulgado pelo delegado, o desentendimento teve início por conta de ciúmes.

Jurandir teria desrespeitado o casamento de Izaque, enviando várias mensagens ao celular da mulher dele. Jurandir acabou tendo um relacionamento com a mulher, motivo pelo qual ela se separou de Izaque. Desde então, a vítima passou a fazer provocações com relação ao fim do relacionamento de Izaque que, obviamente não aceitou. Porém, o PM informou que o crime não teve motivação passional.

O investigado afirmou que na quinta-feira da semana passada estava em frente a uma lanchonete na região do bairro Santa Terezinha, quando Jurandir passou de moto pelo local e depois voltou vindo em sua direção. Imaginando que pudesse ser agredido, o PM reagiu e sacou a arma, matando o desafeto a tiros. O delegado disse que não foi possível concluir o motivo de Jurandir ter voltado e nem se iria atirar.

Após a ação, Izaque fugiu e se apresentou no sábado, na Corregedoria da Polícia Militar, em Campo Grande. Em seguida, foi levado para exame de corpo de delito e posteriormente foi para o Presídio Militar, localizado no Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste, pois teve a preventiva decretada. Izaque é soldado da PM e Jurandir, por sua vez, era lotado na PMA (Polícia Militar Ambiental), em Anastácio.