A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul afirmou que desconhece a existência do vídeo feito por um trio do PCC (Primeiro Comando da Capital) que mostra a violação do túmulo e queima do corpo do narcotraficante Jorge Rafaat Toumani. A ordem para queimar o corpo teria sido dada por Elton Leonel Rumich da Silva, o Galán – apontado como chefe do PCC na fronteira entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. No entanto, a administração do cemitério em Ponta Porã – distante 346 km de Campo Grande, afirma que o corpo continua no local.

“A Polícia Federal no Mato Grosso do Sul não tem nenhum conhecimento e nenhuma informação sobre um suposto vídeo acerca de vilipêndio a cadáver ocorrido em ”, informou a assessoria de comunicação, em nota enviada na tarde desta sexta-feira (26).

Notícias divulgadas recentemente em sites nacionais relatam a existência do vídeo que teria sido encontrado no celular de Lucas Pereira Theodoro, preso em flagrante no dia 11 de agosto de 2017 em uma da PF. Nas imagens, conforme noticiado, seria possível identificar Elton Leonel – que teria ordenado o sumiço do caixão do narcotraficante.

A administração do cemitério Cristo Rei, em Ponta Porã, desmentiu a informação que o corpo de Rafaat teria sido queimado, porém confirmou que houve violação. A reportagem foi informada que o túmulo teria sido violado durante uma madrugada, cerca de um ano após Rafaat ser enterrado. O pedreiro chegou pela manhã, constatou a violação e acionou a polícia. Na época, a PF foi até o local, onde realizou perícia e constatou que o corpo não havia sido violado.

Conforme reportagem divulgada pelo jornal O Dia, um vídeo no celular de um narcotraficante preso no Rio de Janeiro registrou a ação de criminosos, que teriam o intuito de queimar o corpo. A violação teria sido ordenada por Elton, preso em fevereiro de 2018, no Rio de Janeiro. Ele cumpre pena por uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

Elton também é acusado de ter participado da morte do narcotraficante Jorge Rafaat. Com a morte de Rafaat, o objetivo era assumir os negócios com o fornecimento de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai.

Rafaat foi executado com mais de 16 tiros na noite do dia 15 de junho de 2016, em , na fronteira. Os autores do assassinato do narcotraficante usaram armas de grosso calibre para o , fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

As armas furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Um dos seguranças de Rafaat morreu durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos e foi mostrado nas televisões do mundo todo.