Problemas técnicos de um voo comercial impediram que o empresário Jamil Name Filho, preso na Operação Omertà, fosse transferido para o Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na madrugada desta terça-feira (29). Jamilzinho retornou ao Presídio Federal em Campo Grande e não há nova data para que ele seja levado até Mossoró.

Como informado anteriormente pela reportagem, o empresário chegou a sair às 3h da madrugada do presídio com destino ao aeroporto de Campo Grande. No entanto, o voo apresentou problema e teria sido remarcado para que empresário saísse ainda durante a madrugada desta terça. Com um novo problema, a transferência foi adiada, de acordo com o informado pela Depen (Departamento Penitenciário Nacional). Os problemas constatados no voo não foram informados.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com o advogado Márcio Socorro Pollet, que pode ser a nova defesa de Jamilzinho. O advogado pediu vistas ao processo da Omertà. Marcio Socorro já faz a defesa dos Name em casos de processos civis e tributários, sendo que ainda analisará se defenderá Jamilzinho no processo criminal.

Ainda ocupam o Presídio Federal em Campo Grande, Jamil Name, o policial civil Marcio Cavalcanti da Silva, conhecido como ‘Corno’ e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlade’.

No dia 25 deste mês, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou pedido de prisão domiciliar a Jamil Name, sendo está a quinta tentativa da defesa para que o empresário deixe o presídio que é negada.

O pedido foi feito em 17 de outubro pela defesa do réu, alegando novamente idade avançada de Jamil Name e também problemas de saúde. Foram anexados ao processo laudos médicos na tentativa de comprovar um estado de saúde fragilizado.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.