Na manhã desta quinta-feira (14), vai a julgamento no Tribunal do Júri Diego e Silva Rodrigues, de 24 anos, pela tentativa de homicídio cometida em 31 de janeiro de 2015. No dia do crime, ele teria ido ao local com um amigo policial militar e não foi preso na época, mas foi detido no último dia 7 por suspeita de participar de um roubo em Campo Grande.

Sem testemunhas a serem ouvidas, o réu prestou depoimento e contou uma nova versão sobre o crime. No dia 31 de janeiro daquele ano, ele e o amigo Alcimar Silva dos Santos, que era policial militar, foram até a casa onde o crime aconteceu, no Jardim Columbia. Lá um rapaz foi atingido por um tiro e Alcimar foi apontado como suspeito, mas quatro dias depois Diego se apresentou na delegacia.

No primeiro depoimento à polícia ele contou que comprou a arma por R$ 1,5 mil de um desconhecido, cinco meses antes do crime. Já no júri, Diego disse que foi coagido pelo amigo policial militar. Ele afirmou que Alcimar já tinha ‘rolos’ e não poderia assumir a autoria do crime ou o posse da arma, então pediu para o amigo confessar porque “Não daria nada”.

‘Não vai dar nada’: PM teria feito amigo confessar tentativa de homicídio no lugar dele
Revólver usado no crime foi apreendido na época (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Diego contou aos jurados que só confessou o posse da arma para ajudar o amigo, mas que na verdade a arma não era dele. Ele disse que no dia do crime estava com o PM e iam até um churrasco, quando o policial disse que passaria em outro local para acertar as contas de uma briga que tinha sofrido um dia antes, ocasião em que apanhou.

A dupla foi até a casa no Jardim Columbia no Voyage do policial, que desceu enquanto Diego diz ter aguardado no carro. A residência seria do rapaz que agrediu o PM no dia anterior. Havia mais de 10 pessoas na frente da casa e Diego ouviu um disparo de arma de fogo, momento em que teria pegado o revólver que estava no veículo do policial, saiu do carro e atirou algumas vezes por cima do carro, atingindo a vítima.

O homem foi socorrido com o tiro no ombro e teve alta dias depois do hospital. O revólver tinha numeração raspada e o júri agora deverá decidir se ele responderá pela tentativa de homicídio e também pelo posse ilegal da arma de fogo.

Prisão há uma semana

Diego foi apontado como integrante de quadrilha presa após perseguição policial na região do Jardim Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Os criminosos tinham invadido a casa de um idoso dia antes e o amarrado, fugindo do local com os carros da vítima. Um dos veículos estava com os suspeitos, que chegaram a cair em uma vala durante a fuga dos policiais.

Na ocasião, Diego foi preso com outros três homens pela Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). Diego estava saindo da casa onde estavam guardados os objetos roubados da vítima em um dos veículos roubados, na companhia de um comparsa. Eles tentaram fugir, mas caíram na cratera e acabaram presos.