A Justiça negou os pedidos de liberdade dos guardas-municipais presos durante a deflagração da , nesta segunda-feira (7). Na decisão o juiz relator Waldir Marques alegou que não há ilegalidade na prisão de Igor Cunha de Souza, Rafael Carmo Peixoto Ribeiro e Eronaldo Vieira da Silva.

Os guardas estão presos desde o dia 27 de setembro quando a operação prendeu mais 22 pessoas supostamente envolvidas com uma organização criminosa responsável por série de homicídios no Estado. Em despacho, o juiz afirmou que “existe a manutenção da custódia cautelar para assegurar as investigações e considerando pela prática de crimes de organização criminosa, porte ilegal de arama de fogo de uso restrito, homicídios e crimes correlatos”.

A defesa dos guardas havia feito o pedido de liberdade alegando que não há elementos específicos que revelem conduta dos guardas no sentido que teriam utilizado da profissão e do porte de arma para exercerem funções de segurança ou alguma função criminosa. Constava no pedido de habeas corpus que apenas um dos guardas possui porte funcional de arma de fogo e não há provas de que se valia disso para praticar crimes.

Ainda segundo a defesa, toda a investigação mostra que os guardas citados faziam serviços secundários para o empresário Jamil Name e família. Segundo ele os civis atuavam como motoristas e também faziam serviços como ir ao mercado, à farmácia, limpar quintal e varanda e também o escritório de Jamil Name Filho.

Operação Omertà

O (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins, Orlando da Silva e Matheus Coutinho, conduzidas pelo Garras.