A Justiça determinou a devolução de R$ 450 mil ao empresário Luiz Pereira Barreto, vítima de um atentado no dia 13 de fevereiro no município de Dourados, distante 229 km de Campo Grande. A acusada por encomendar o atentado é a esposa da vítima, de 35 anos.
A decisão da devolução da quantia foi do juiz Luiz Alberto de Moura Filho, da 1ª Vara Criminal de Dourados. Os advogados alegam que o dinheiro é lícito, rendimento da empresa na qual Luiz é proprietário.
“Denota-se que os valores apreendidos não se referem aos crimes pelo qual o ora requerente foi autuado em flagrante, além de ter o mesmo provado a origem lícita e a propriedade dos referidos valores. Logo a quantia pleiteada não interessa ao processo criminal’, diz a decisão.
O empresário, dono da Eurotur Turismo, teve pouco mais de R$ 60 mil apreendidos no veículo em que estava, uma GM S-10 e o restante dentro da residência onde mora, em um condomínio de luxo localizado na região sul do município. De acordo com as informações do site Dourados News, mesmo vítima de disparos e internado no hospital, Luiz Pereira Barreto acabou autuado em flagrante por posse e porte ilegal de arma de fogo, já que os objetos foram encontrados no veículo e na residência dele.
Entenda
José Pereira seguia em uma caminhonete S10 quando foi abordado pelos suspeitos no cruzamento das ruas Cuiabá e Mato Grosso, no Centro da cidade. O veículo foi atingido por vários tiros.
Baleado duas vezes no tórax, José perdeu o controle da direção da S-10 e bateu em um Ford-Ka que estava na via. O empresário foi socorrido por equipe do Corpo de Bombeiros e levado em estado grave para o Hospital Evangélico.
No mesmo dia, o SIG (Setor de Investigações Gerais) conseguiu prender sete pessoas, todas com envolvimento no caso e descobriu que a mulher do empresário teria encomendado a morte dele. Além dela, foram presos em flagrante por participação na ação, Pedro Jorge Braga, funcionário de Barreto e que supostamente possuía caso extraconjugal com a esposa de Luiz. Ele seria o responsável em dar a ideia de assassinar o empresário.
Ambos deram R$ 20 mil para Paulo Vitor dos Santos, 32 anos, David Jonathan dos Santos, 29 anos, e Leandro Alves Gonçalves, 32, que se encarregou de contratar duas pessoas para cometer o assassinato, Charles Barros de Lima Ribeiro, 21 anos, e João Alves Cardoso, 26. João ficou responsável de pilotar a moto enquanto o comparsa realizou os disparos.