Na manhã desta segunda-feira (9), prisão preventiva foi determinada em audiência de custódia para os quatro suspeitos de envolvimento com o desaparecimento e morte de Maykel Martins Pacheco, de 19 anos. O delegado Jarley Inácio de Souza já tinha representado pela prisão preventiva da quadrilha e a determinação foi feita pelo juiz Paulo Afonso de Oliveira.

A princípio, os quatro homens foram indiciados pelo crime de integrar facção criminosa, já que chegaram a admitir aos policiais que são membros do PCC (Primeiro Comando da Capital). Homicídio qualificado, e ocultação de cadáver são crimes que seguem em investigação, já que a polícia ainda não localizou o corpo da vítima, mas tem informações sobre o crime.

Investigação e prisões

Com as informações do sequestro do jovem, equipe do GOI (Grupo de Operações de Investigações) foi até a região da Nhanhá, onde Maykel morava. Ninguém sabia do paradeiro da vítima e, durante as investigações os policiais foram informados que a mãe do rapaz procurou a delegacia relatando que ele tinha sido assassinado.

A princípio a suspeita é de que Maykel tenha sido vítima de Tribunal do Crime do PCC, por ser membro da facção rival CV (Comando Vermelho). A última pessoa a ser vista com o jovem era Tales Valensuela Gonçalves, de 22 anos, que foi encontrado na frente da casa da avó e tentou fugir da abordagem. Ele acabou confessando aos policiais que tinha participado da organização do plano.

Ainda segundo o rapaz, ele contou que levou Maykel até a cantoneira, a casa que servia de cativeiro até que ele fosse assassinado. Ele ainda revelou aos policiais que é membro do PCC e que a casa pertencia a Iago Gustavo Ribeiro Bronzoni , de 20 anos. Tales também revelou que ficou naquele cativeiro com Iago, Feliciano, de 40 anos, Everson Silva Gauna, de 20 anos, e pelo menos mais outros dois suspeitos.

A equipe foi até a casa de Iago, onde ele estava com o cunhado Everson. Eles resistiram à prisão, mas Iago acabou confirmando que Maykel tinha sido mantido naquela casa por aproximadamente seis horas. Depois levaram a vítima até o local onde ela teria sido executada, ainda desconhecido.

Márcio foi encontrado na casa da mãe dele e preso. Ele chegou a confessar a participação e quando foi colocado na viatura, batia a cabeça na grade para alegar que tinha sido agredido pelos policiais. Ele ainda teria dito aos investigadores do GOI que foi pego de surpresa, caso contrário teria trocado tiro com os policiais e não seria preso.

Os quatro envolvidos foram levados para a delegacia e o delegado representou pela prisão preventiva. Eles passam por audiência de custódia nesta segunda-feira (9) e, segundo a polícia, o corpo da vítima ainda não foi localizado. Todos foram indiciados por integrarem facção criminosa e os crimes de homicídio e ocultação de cadáver são investigados.

Não quiseram falar

Já na delegacia, os acusados não quiseram prestar depoimento sobre o caso. Apenas Tales prestou breve depoimento afirmando que tinha dado uma carona para Maykel, levando o amigo até um campo de futebol. Já os outros envolvidos não comentaram os fatos e disseram que se pronunciariam apenas em juízo com a presença do advogado.