A Governadoria e o canteiro em frente no Parque dos Poderes estão cercados com grades devido a manifestação de policiais militares e civis que acontece nesta sexta-feira (31). Servidores da educação também anunciaram que podem participar do protesto.

A União dos Militares Estaduais informou que policiais militares, bombeiros militares inativos e de folga, além de familiares farão caminhada, com saída às 8h30 do Comando Geral da Polícia Militar, até a sede da Governadoria. O objetivo é chamar a atenção das autoridades para questões de desvalorização com a segurança pública em MS.

Por nota, a união afirmou que luta pela incorporação do abono de R$ 200, promessa já feita em anos anteriores; pela imediata reposição inflacionária constitucional dos últimos meses, além da discussão das perdas acumuladas desde que a atual gestão assumiu o Executivo.

O coronel da PM Alírio Villasanti Romero, presidente da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul) afirma que a questão salarial não é a única demanda a ser apresentada.

“Não é só a questão salarial, temos a não publicação das promoções, a deficiência estrutural e de pessoal, que acaba sobrecarregando nossos militares. Nós temos muitos casos de depressão, síndrome do pânico, suicídio, não só de militares estaduais, mas de seus familiares, há uma série de reclamações”, diz.

Já o Sinpol – MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) informou que inicialmente irão realizar uma assembleia em frente Depac Centro onde decidirão se também seguem até a Governadoria.

Segundo o Sinpol, em 2014, durante a campanha eleitoral, o governador Reinaldo Azambuja, assinou uma carta, renovada em 2016, se comprometendo com a valorização dos policiais. Segundo a categoria, MS paga o 20º salário. Outra reivindicação dos policiais civis é a incorporação do abono de R$ 200.

“Cuidado desnecessário, desvio de função tremenda”, disse Giancarlo Corrêa Miranda, presidente do Sinpol, em relação as grades.