Após autorização da Justiça, o de Aquidauana, Raul Freixes foi levado para o Centro de Triagem Anízio Lima, localizado no Jardim Noroeste, em . Lá, ele deve ficar na cela 17, destinada a presos com ensino superior e também considerada uma ala especial que já abrigou vários políticos, com o ex-deputado Edson Giroto.

Freixes esperava uma vaga desde segunda-feira (11) quando foi preso por corrupção. Depois de passar pela 3ª Delegacia de Polícia Civil e pela Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), a Justiça autorizou que ele fosse encaminhado ao presídio.

Raul chegou a passar mal durante a prisão e foi encaminhado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde passou por atendimento médico. Também foi preso Carlos Augusto Paim Mendes, em Aquidauana.

A prisão é devido a uma ação penal movida pelo Ministério Público Estadual, por intermédio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Aquidauana, contra Raul Martines Freixes e Carlos Augusto Paim Mendes, quando exerciam, respectivamente, os cargos de prefeito e secretário de fazenda e administração do Município.

Investigações descobriram que faltando pouco mais de um mês para o fim de seu mandato de prefeito, Raul Martines Freixes apropriou-se de R$ 100 mil em verba pública do município. Ele preencheu um cheque da prefeitura e determinou que uma funcionária municipal fosse ao banco, descontasse o valor do cheque e lhe entregasse o valor, o que efetivamente foi feito.

No dia 20 de dezembro de 2000, poucos dias antes do encerramento de seu mandato, Raul Freixes apropriou-se de R$ 14.958,32 em verba pública. Desta vez, ele, e o então, secretário de fazenda e administração Carlos Augusto Paim confeccionaram uma nota de empenho simulando pagamento a uma empresa que realizaria ampliação de ruas do município e, então, preencheram e assinaram um cheque de titularidade da prefeitura, determinando, em seguida, que uma funcionária municipal fosse ao banco, descontasse o valor do cheque e entregasse o valor ao ex-prefeito, o que efetivamente foi feito.

Raul Freixes foi condenado à 11 anos de reclusão, em regime fechado e com a inabilitação para o exercício de cargo, emprego ou função pública, eletivo ou de nomeação, pelo prazo de 10 anos. Carlos Paim, foi condenado à pena de cinco anos e seis meses de reclusão, em regime inicial semiaberto e com a inabilitação para o exercício de cargo, emprego ou função pública, eletivo ou de nomeação, pelo prazo de cinco anos.