As investigações acerca da apreensão de um helicóptero que seria usado pelo tráfico de drogas foi transferida para a Deco (Delegacia Especializada Combate ao Crime Organizado). A unidade assumiu o inquérito por conta da complexidade da organização criminosa descoberta, bem como por ser credenciada para apurar casos que envolvam aeronaves e acidentes aéreos.
Conforme já noticiado, o helicóptero pousou irregularmente em uma propriedade em Ribas do Rio Pardo, a 97 quilômetros de Campo Grande,na semana passada. A ação que resultou na apreensão foi realizada em conjunto entre a Deco, o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e o SIG (Setor de Investigações Gerais) de Ribas do Rio Pardo.
Assim que o helicóptero pousou, os policiais abordaram o piloto de 42 anos que estava sozinho. Questionado, apresentou versões contraditórias sobre a estada na cidade. Por fim, acabou admitindo que havia chegado em Ribas do Rio Pardo na quarta-feira (11), para encontrar com um comparsa de 53 anos. Juntos, iriam para uma outra fazenda.
Na segunda propriedade rural, os acusados carregariam a aeronave com drogas, muito provavelmente cocaína, e fariam o transporte para outra localidade. O piloto ainda confessou que não tinha um plano de voo, reconhecendo as irregularidades cometidas, principalmente pelo fato de ter pousado sem autorização em uma propriedade privada.
Após inúmeras diligências, os policiais civis localizaram o comparsa. Este disse desconhecer o plano para o carregamento de drogas e relatou que apenas daria um auxílio ao piloto com a gasolina. Os dois suspeitos foram conduzidos para a Delegacia da Polícia Civil em Ribas do Rio Pardo, onde foram indiciados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo e associação para o tráfico de drogas.
