Em seu 9º julgamento nesta sexta-feira (23), em Campo Grande, Luiz Alves Martins Filho, o Nando, chorou e se estapeou diante dos jurados afirmando que só confessou os assassinatos, no Danúbio Azul, por ser torturado pelos policiais. Está é a primeira vez que Nando senta no banco dos réus, já que nos outros julgamentos foi por videoconferência.

Nando vai a julgamento nesta sexta (23) pelo assassinato de Eduardo Dias Lima, o ‘Eduardinho’, de 15 anos, que foi assassinado em 2015 por furtar garrafas de Nando. O adolescente foi morto asfixiado com uma correia de máquina de lavar roupas.

Durante o depoimento, Nando passou a se estapear no rosto dizendo que era assim que apanhava dos policiais, e só por isso confessou aos crimes. Os jurados e algumas pessoas que acompanham o julgamento ficaram assustadas com a atitude de Luís Alves, sentado no banco dos réus. Nando continua a afirmar que o autor de todos os assassinatos seria Jeová Ferreira Lima de 57 anos, o Vasco. Ele teria sido incriminado por manter um relacionamento com Vasco, e por saber de tudo.

Nando já foi condenado a 87 anos de prisão. Dos sete júris já realizados anteriormente, Nando foi condenado pelos homicídios em cinco deles, apenas em um caso, sobre a morte de Ana Claudia Marques, ele foi absolvido do homicídio, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver. O primeiro julgamento aconteceu no dia 29 de junho de 2018, com a condenação do réu a 18 anos e 3 meses de reclusão pela morte da vítima “Café” ou “Neguinho”. O processo está em grau de recurso.

Ainda no ano passado, no dia 23 de novembro, Nando foi julgado e condenado a 18 anos e 4 meses de reclusão e 20 dias-multa pelo assassinato de Lessandro Valdonado de Souza. O processo também está em grau de recurso.

No dia 20 de fevereiro, ele recebeu nova condenação pela morte de Jenifer Luana Lopes. A pena foi fixada em 18 anos e 3 meses de reclusão. Dias antes, no dia 8, ele teve sua primeira e única absolvição até agora, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver de Ana Cláudia Marques. O crime foi atribuído a um de seus comparsas, que ainda não foi submetido a julgamento, pois recorreu. Pela ocultação do cadáver, a pena foi fixada em 2 anos de reclusão e 30 dias-multa.

No dia 10 de abril, ele teve a condenação a 16 anos e 3 meses de reclusão e 15 dias-multa pela morte de Flávio Soares Corrêa.  No dia 26, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão pela morte de Bruno Santos Silva. Ainda devem ser agendados os julgamentos pelas mortes das vítimas Alex da Silva dos Santos; Jhenifer Lima da Silva; Aparecida Adriana da Costa; Aline Farias da Silva; “Alemão” e Eduardo Dias Lima.