“A última lembrança que tenho é dele pedindo mamadeira. A mãe dele ia fazer, mas ele falava que não queria da mãe, queria leite que a bisa fazia, porque era mais gostoso”, lembrou Neide Maria Bogado, 69 anos, bisavó do pequeno Miguel Henrique dos Reis, de dois anos de . O , marcado pela emoção e tristeza, acontece na tarde desta sexta-feira (20) no Cemitério Parque Cidade Natureza, em , a 134 quilômetros de Campo Grande.

Miguel foi morto afogado pelo próprio pai, nesta quinta-feira (19) no bairro Guanandi, em Campo Grande. O rapaz colocou a criança em uma bacia, na própria casa onde morava. O motivo do seria porque ele não aceitava o do relacionamento com a mãe da criança e queria de alguma forma, ‘atingir’ a ex-mulher.

A bisavó morava na mesma casa com o bisneto, no Conjunto José Fragelli, em Aquidauana. “Ele era muito divertido, saudável e espoleta”, lembra Neide. Ela contou que a mãe de Miguel foi morar na cidade após a e a família afirma que desconhece qualquer violência vivida por ela durante o relacionamento com Evaldo Christyan Dias Zenteno, 21 anos, pai de Miguel.

No entanto, após a separação do casal, Evaldo passou a perseguir a ex-mulher, telefonando de madrugada e até chorando. Apesar de tudo isso, a família não imaginava que Evaldo fosse capaz de fazer algum mal a criança. “O Miguel era apegado a avó paterna e a família dele sempre cuidou muito bem dele”, contou a bisavó.

“Eu não tenho nem resposta para falar sobre o levou ele a fazer isso, é um momento muito difícil para a família, estamos todos abalados”, finalizou Neide. O enterro de Miguel está previsto para acontecer às 17h.