Polícia Federal prende em MS dois chefes do contrabando de cigarros
Dois chefes de um dos maiores grupos criminosos de contrabando de cigarros foram presos em Mundo Novo, durante operação da PF (Polícia Federal), desencadeada nesta terça-feira (11). A Operação Contorno Norte prendeu 16 líderes em diversos estados do Brasil na ação desta terça. Durante os três anos de investigação foram 204 presos. De acordo com […]
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Dois chefes de um dos maiores grupos criminosos de contrabando de cigarros foram presos em Mundo Novo, durante operação da PF (Polícia Federal), desencadeada nesta terça-feira (11). A Operação Contorno Norte prendeu 16 líderes em diversos estados do Brasil na ação desta terça. Durante os três anos de investigação foram 204 presos.
De acordo com as informações da PF, a quadrilha passou a ser investigada após um acidente no Contorno Norte de Maringá, em maio de 2016, quando uma carreta lotada de cigarros colidiu em um carro de passeio que levava uma família. O motorista da carreta fugiu sem prestar socorro e uma mulher morreu vítima do acidente.
Com algumas informações e de posse de documentos deixados na carreta, a PF começou a investigação. Foi constatado que o cigarro saía da cidade paraguaia de Salto Del Guará. “Entrava com lanchas potentes pelo Rio Paraná, sem nenhum tipo de registro no Brasil, onde subiam até a região de Rosana, em São Paulo”, afirmou o chefe da delegacia de Maringá, Cézar Luiz Busto. “Eram 200 lanchas por noite”, acrescentou Cézar.
O cigarro era descarregado em portos clandestinos. “Para fazer a descarga e movimentação, começava o trabalho dos barqueiros. Os cigarros eram levados para caminhões pequenos e depois para áreas rurais eram colocados em carretas e só partiam depois da ordem dos líderes”, informou a PF. Também havia bases de apoio, para manutenção e também para que o grupo trocasse as placas de veículos.
Os mandados foram cumpridos no Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. O principal líder da quadrilha está preso em Asunción, no Paraguai, por força de um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal em Guaíra, no Paraná. “Eles foram indiciados por organização criminosa, contrabando fluvial, receptação qualificada, adulteração de sinal de veículo automotor, falsificação de documento público e falsidade ideológica”, afirmou a PF. “Um caso emblemático de organização criminosa interestadual e transnacional, que operavam desde o Paraguai, até os estados de MS, PR, GO e BA”.
Em três anos de investigação, foram 204 presos, 130 flagrantes, 156 caminhões e carretas, também 60 veículos de batedores apreendidos. Foram 105 mil caixas de cigarros avaliadas em R$ 250 milhões pela Receita Federal, gerando aproximadamente R$ 360 milhões em tributos e multas.
Na ação desta terça, 80 policiais federais cumpriram 20 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão. A PF informou que foram deferidas pela Justiça, bloqueios de contas bancárias, sequestro de bens imóveis e apreensão de veículos.
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