Após a repercussão do caso em que um casal ficou de plantão em frente à residência da proprietária de uma agência de turismo depois do cancelamento de um pacote de viagens, Eder Inácio da Silva, advogado da agência GTM, acusada de golpe, afirma que não houve irregularidades cometidas pela empresa.

“Em alguns casos houve falha na prestação de serviço por parte das operadoras, algumas viagens foram canceladas por parte nossa e algumas por parte das pessoas, o que acontece é que às vezes a gente faz a programação e, por algum motivo, não da nossa vontade, essa viagem é cancelada e não conseguimos receber o valor do jeito que foi pago e às vezes a pessoa não aceita receber o valor de outra maneira e vão para o judiciário”, afirmou o advogado Éder Inácio da Silva.

Ainda segundo o advogado, em nenhum momento a empresa negou ter recebido dinheiro dos clientes. “Se você ler os processos, em nenhum momento a empresa nega ter recebido dinheiro e se propõe a pagar. Às vezes não conseguimos ressarcir o cliente da mesma forma que ele pagou. Estamos buscando uma solução para quitar esses débitos e acabar com todo esse barulho que está acontecendo na imprensa, na justiça e nas redes sociais.

A viagem e o plantão

Uma empresária de 25 anos e o marido, de 31, moradores do município de Miranda, conheceram a empresa de viagem por indicação de outra pessoa. O casal pagou R$ 5,9 mil em um pacote para Porto Seguro (BA).

Conforme o casal, o valor foi pago corretamente, mas no dia 27 de fevereiro o voo foi cancelado. A cliente disse que outra empresa teria cancelado o voo. Eles vieram até , na quarta-feira (13) e ficaram de plantão em frente à residência da proprietária da agência.

“A dona da agência me mandou procurar à polícia e meus direitos, porque não iria devolver o dinheiro”, relata.  O casal ficou em frente à casa até quinta-feira (14).

Em relação ao caso, o advogado informou que a empresa GTM, realizou o estorno, mas o valor não caiu na conta dos clientes devido a um problema bancário.

“Sobre o caso de ontem, ocorreram problemas com a operadora, a empresa realizou o estornou, mas não caiu na conta do casal por problemas do banco”, ressalta.

Silva informou também que a empresa está analisando os casos e não há previsão de quando realizará os pagamentos pendentes. “Pelo o que me foi passado pela empresa, os pagamentos estão em análise, não tem como eu dar  previsão, pois a empresa não me passou, mas reconhece os débitos. Não é estelionato, porque estelionato é quando a empresa tem intenção de lesar a outra”.