A defesa do pintor Bruno da Rocha, acusado de matar o major da reserva do Exército Brasileiro, Paulo Settervall, de 57 anos, em , rebateu laudo do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) que dizia que Bruno era capaz de responder por seus atos.

Segundo a defesa foi concluído em laudo psiquiátrico que o pintor é semi-imputável não podendo responder pelos seus atos, contrariando o laudo emitido pelo ministério que afirma que Bruno é considerado totalmente capaz de compreender a gravidade de suas ações.

A defesa alega que a “acusação tenta valer -se de pontos isolados e inconclusivos do laudo médico na intenção de já formar o convencimento da sociedade, pois esse lamentável e trágico ocorrido gerou grande repercussão e comoção na sociedade, porém, o que deve se destacar é que a conclusão do perito forense, que é indicação do Juízo, totalmente imparcial e isento, é inconteste pela semi-imputabilidade de Bruno da Rocha”.

“Pode-se concluir que, do ponto de vista-médico-legal e psiquiátrico Bruno é dependente químico e não há plena responsabilidade em relação ao ato que lhe foi imputado, sendo semi-imputável, devido à diminuição, mas não abolição da capacidade de autodeterminação à época dos fatos, estando preservada a capacidade de entendimento.”

O pintor foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e por motivo fútil, pois o crime teria sido praticado unicamente em razão de a vítima ter se recusado a dar um cigarro ao denunciado.

A defesa recorreu alegando que o pintor apresentava “indícios de mitigação da capacidade de autodeterminação e discernimento” e, diante de sua condição, não poderia ser completamente responsabilizado pelo homicídio. Então, foram feitos pedidos de exames para atestar a insanidade mental e os limites da culpabilidade do pintor, que o apontou como capaz. Também foi feito o pedido de exame toxicológico para delimitar o nível de dependência de Bruno, quanto as drogas.

O caso

No dia 14 de abril deste ano, Paulo Setterval estava a passeio em Bonito com familiares, quando por voltadas 21 horas estava em frente ao hotel onde estava hospedado fumando um cigarro. Bruno que estava em uma bicicleta abordou a vítima e lhe pediu um cigarro, porém, não foi atendido. Logo em seguida, já sem a bicicleta, Bruno retornou de maneira sorrateira e ardilosa, e desferiu um golpe de faca na região torácica de Paulo, causando-lhe a morte.