A defesa de Jamil Name Filho entrou com pedido nesta terça-feira (5) para que ele volte para o Presídio Federal de Campo Grande, além da exclusão do RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), ao qual foi incluído por pelo menos 1 ano no presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte para onde foi transferido nesta terça-feira (5).

O advogado de defesa, Fábio Augustos Colauto Gregório, em despacho argumentou que ‘sequer há notícia de inquérito ou ação penal que demonstre que o requerente, depois de preso preventivamente, praticou ou continuou praticando crimes graves. Nota-se que o requerimento da espécie argumenta a necessidade de imposição de RDD e de transferência para o presidio federal e também para ‘impedir que os representados continuem a praticar delitos graves’.

Ainda a defesa alega que não há motivação para a transferência para o presídio federal de Mossoró pedindo pela permanência de Jamil Name Filho no presídio federal de Campo Grande. Jamilzinho foi transferido nesta terça (5) depois de uma outra tentativa, no dia 29 de outubro, mas por problemas no voo teve der ser cancelada.

O empresário de 80 anos, Jamil Name, foi transferido antes do filho no dia 30 de outubro. Também já ocupam uma cela do presídio federal de Mossoró, os policiais civis Marcio Cavalcanti da Silva, conhecido como ‘Corno’ e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, o ‘Vlade’.

No dia 25 deste mês, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou pedido de prisão domiciliar a Jamil Name, sendo está a quinta tentativa da defesa para que o empresário deixe o presídio que é negada. O pedido foi feito em 17 de outubro pela defesa do réu, alegando novamente idade avançada de Jamil Name e também problemas de saúde. Foram anexados ao processo laudos médicos na tentativa de comprovar um estado de saúde fragilizado.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.