Ordem judicial e multa de R$ 10 mil por dia motivaram mudança da Depac
Uma decisão judicial com aplicação de multas diárias no valor de R$ 10 mil seriam o motivo para a mudança da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Piratininga mudar para o Cepol (Centro de Policiamento Especializado), que fica no bairro Tiradentes, em Campo Grande. Moradores fizeram protesto na manhã desta quarta-feira (20) contra a […]
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Uma decisão judicial com aplicação de multas diárias no valor de R$ 10 mil seriam o motivo para a mudança da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Piratininga mudar para o Cepol (Centro de Policiamento Especializado), que fica no bairro Tiradentes, em Campo Grande. Moradores fizeram protesto na manhã desta quarta-feira (20) contra a mudança.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Marcelo Vargas, a mudança é um atendimento a uma ordem judicial com uma multa de R$ 10 mil diária, já que na Depac não havia atendimento diferenciado e especial para os adolescentes que eram levados para a delegacia e acabavam junto de infratores maiores de idade. A decisão seria de 2017, quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu provimento a um recurso do Ministério Público Estadual de que a Deaji (Delegacia Especializada de Atendimento a Juventude e Infância) deveria voltar a ter plantão 24 horas para atender os menores infratores. A decisão foi assinada pelo ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Marcelo Vargas ainda disse que a reforma no prédio da Depac irá custar entre R$ 150 a R$ 300 mil, e que não há prazo para que fique pronta, mas como o prédio da Cepol é novo, foi construído em 2015, tem estrutura para atender a população com qualidade e também separar os adolescentes infratores de outros maiores levados para a delegacia durante os plantões.
Já sobre a distância, que foi a reclamação de muitos moradores, o delegado geral ressaltou que isso é relativo, dando como exemplo os moradores das Moreninhas que tinham de ir até outra unidade distante para registrar os boletins de ocorrência, mas Vargas lembrou que a 5º delegacia de polícia continuará a registrar as ocorrências até as 17h30, sendo somente os plantões feitos na Cepol.
Também foi dito que existe a possibilidade da comporá de um terreno que fica ao lado da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) para a construção de um prédio novo para a Depac, mas sem previsão ainda de quanto ficará pronto. A construção começaria no ano que vem e custaria em torno de R$ 4 milhões.
Logo pela manhã desta quarta-feira (20), moradores foram para a frente da delegacia para protestar contra a mudança, que é vista por Vargas como um movimento político partidário.
Irwing Ferreira, presidente do bairro Parati e Conselheiro de Segurança Região do Anhaduizinho, disse que foram pegos de surpresa com a mudança, já que no dia 9 de setembro havia sido feita uma reunião com o delegado geral da Polícia Civil, Marcelo Vargas.
“Não é só questão de deslocamento da população, mas também da PM, que demora às vezes até 3 horas para registrar uma ocorrência, e com está mudança a região vai ficar desguarnecida de segurança”, disse Irwing. O presidente do bairro ainda finalizou dizendo que “Uma falta de respeito com a população. Vamos tentar novamente um diálogo com Marcelo Vargas”.
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