Corregedor pede ‘com urgência’ indícios da Omertà de suposta propina na Polícia Civil

O corregedor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Jairo Mendes, pediu com brevidade o acesso as provas obtidas da Operação Omertà, que revelou suposta propina a um delegado logo após o assassinato do chefe da segurança da Assembleia Legislativa e sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Ilson Martins Figueiredo, em […]

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(Marcos Ermínio
(Marcos Ermínio

O corregedor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Jairo Mendes, pediu com brevidade o acesso as provas obtidas da Operação Omertà, que revelou suposta propina a um delegado logo após o assassinato do chefe da segurança da Assembleia Legislativa e sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Ilson Martins Figueiredo, em junho de 2018.

O pedido foi feito nesta segunda-feira (6), quando o corregedor pede a autorização com máxima brevidade o compartilhamento de provas obtidas em razão da operação. Para o Jornal Midiamax, Jairo Mendes disse que um procedimento administrativo já foi instaurado para investigar a suposta propina de R$ 100 mil a um delegado.

De acordo com os autos da Operação Omertà, uma mulher, que terá a identificação preservada, contou que Marcelo teria recebido uma ligação, poucos dias depois da morte de Ilson, na qual ele afirmava que iria na delegacia entregar o dinheiro, R$ 100 mil, em mãos para o delegado. Ainda revelou que o motivo do assassinato de Ilson, em junho de 2018, seria pela morte de Daniel Alvarez Georges, 43 anos, filho de Fahd Jamil.

O chefe de segurança foi acusado de ‘sumir’ com Daniel em maio de 2011 e o corpo nunca foi localizado. Na época da execução do chefe da segurança Ilson Figueiredo, quem comandava a DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) era o delegado Márcio Oshiro Obara. Ele foi substituído do comando da delegacia em julho de 2018, voltando para a função em abril de 2019.

Já no dia 1º de outubro deste ano, após a prisão de Jamil Name e o desmantelamento da milícia de execuções em Campo Grande, o delegado Márcio Shiro Obara foi removido com prejuízo de suas funções para atuar na Delegacia Regional de Ponta Porã.

Em relação a transferência do delegado Márcio Shiro Obara para atuar na Delegacia Regional de Ponta Porã, o corregedor afirmou que não existe relação, “Isso não existe de punir de delegado com transferência. Transferência não é punição. Ele (Obara) foi para Ponta Porã para auxiliar nos homicídios na fronteira. Cada delegado tem sua especialidade”, ressaltou.

Operação Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão, além de Jamil Name e Jamil Name Filho, de policiais civis, guardas, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins, Orlando da Silva e Matheus Coutinho, conduzidas pelo Garras.