Claudimon Moreira da Silva, o ‘Coringa do gelo’, foi condenado a 19 anos e 8 meses de prisão por envolvimento na morte de Mauro Eder Araújo Pereira, o ‘Fininho’ e também pelo crime de organização criminosa. O julgamento realizado no Tribunal do Júri em Campo Grande, terminou no início da tarde desta quarta-feira (21).

O réu participou do julgamento por videoconferência, já que está preso em Palmas (TO). Ele negou ter envolvimento com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com o homicídio.

Segundo Claudimon, ele conhecia Fininho apenas de vista, já que os dois eram moradores no Portal Caiobá. Ele foi questionado do motivo pelo qual o nome aparece citado duas vezes no processo, já que ele seria quem recebeu Fininho na primeira cantoneira, nome dado às casas onde os julgados pelo tribunal do crime ficam em cárcere privado até a execução.

Ele também seria quem levou a vítima até a segunda cantoneira. Mesmo assim ele negou envolvimento com o crime e também disse que, dos acusados, conhece apenas o adolescente, porque este morava em um dos barracos no Caiobá que pertencem à tia de Claudimon. O acusado ainda disse que estava trabalhando no dia do crime.

Pelo crime de homicídio, ‘Coringa de gelo’ foi condenado a 15 anos e por organização criminosa, a pena foi de 4 anos e 8 meses de prisão. Conforme decisão do juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Claudimon deverá ser escoltado de Palmas para Campo Grande, cidade onde reside os familiares do réu.

Denúncia e execução

Conforme a denúncia, Fininho foi sequestrado no dia 29 de maio de 2017 por membros do PCC, facção a qual ele pertenceria. Ele teria sido mantido em pelo menos cinco locais diferentes, em cárcere privado, durante seis dias. Neste período, Fininho foi interrogado e torturado pelos acusados, por supostamente trair a facção.

No dia 3 de junho, ele foi levado a um lugar nas proximidades do Clube Atlântico, nas margens da BR-262, onde foi executado após ser julgado e condenado pelo ‘Tribunal do Crime’. A execução de Fininho foi filmada e a irmã da vítima a reconheceu quando assistiu o vídeo. O corpo do homem foi encontrado tempo depois e só foi constatado que era ele após conclusão dos exames, aproximadamente três meses depois.