Mayara Fontoura Holsback de 18 anos foi assassinada na madrugada de 16 de setembro de 2017, na casa onde morava no Bairro Universitário, em . O suspeito teria invadido a casa da jovem para matá-la, durante a madrugada.

A jovem vivia com Roberson Batista da Silva de 33 anos, autor do crime, desde 2015. Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril de 2018, em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.

Ela foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e no banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo.

Roberson foi julgado no dia 1º de novembro de 2018 e condenado a 17 anos de prisão. Durante seu julgamento, o réu tentou por diversas vezes desqualificar a vítima, dizendo que a discussão entre o casal teria ocorrido depois de Mayara afirmar que não iria parar de fazer programas sexuais por que gostava, que não aceitava que ela usasse roupas curtas e demonstrou muito ciúmes.

Ele falou que proporcionava uma vida de luxo para a jovem deixando uma BMW com ela, além de uma moto. Ele ainda teria dado joias para Mayara, que somavam R$ 15 mil. “Resgatei ela, tirei ela desta vida (prostituição). Não tinha motivos para ela ter voltado”, disse ao jurados e juiz.

Depois de assassinar Mayara com tesouradas, Roberson disse ter se ajoelhado ao lado do corpo pedindo perdão. O acusado alegou autodefesa, já que se não tivesse tomado a tesoura de Mayara poderia ele ser assassinado.

Atualmente, Roberson está preso no Instituto Penal de Campo Grande, ele foi condenado por homicídio qualificado, sendo as qualificadoras por motivo torpe e feminicidio. O recurso que dificultou a defesa da vítima a defesa de Roberson desclassificou na sentença de pronúncia e o Ministério Público não recorreu.

A previsão para a progressão para o regime semiaberto é para fevereiro de 2028 e da pena está previsto para maio de 2035. De acordo com o advogado do réu, Ilton Hashimoto, não foi feito impetrado nenhum recurso com relação a pena recebida pelo seu cliente.

 

Matéria atualizada às 11h para correção de informações.