Caso de zelador que abusou de criança em entidade filantrópica tem 1ª audiência marcada

Cerca de um ano e quatro meses depois da denúncia na delegacia de polícia, a Justiça marcou a primeira audiência sobre o caso de um zelador de 40 anos, que abusou sexualmente de uma criança de sete anos de idade, em uma entidade filantrópica, localizada no bairro Tiradentes, em Campo Grande. A demora estende ainda […]

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Fórum de Campo Grande (Arquivo
Fórum de Campo Grande (Arquivo

Cerca de um ano e quatro meses depois da denúncia na delegacia de polícia, a Justiça marcou a primeira audiência sobre o caso de um zelador de 40 anos, que abusou sexualmente de uma criança de sete anos de idade, em uma entidade filantrópica, localizada no bairro Tiradentes, em Campo Grande. A demora estende ainda mais o sofrimento da família da vítima, que até hoje faz acompanhamento psicológico e vive com os traumas do abuso.

O crime teria ocorrido no mês de abril de 2018. A menina, na época com sete anos de idade, estudava na entidade filantrópica e o suspeito, era um homem conhecido no local como o zelador da unidade. “Ela conta que estava brincando no pátio com as amiguinhas, quando ele chamou ela por uma janela. Ela deu a volta, quando ele levou ela para um corredor, onde estudava os alunos maiores”, conta a mãe. A mulher terá a identidade preservada pela reportagem.

O crime só foi descoberto após ela contar para duas amiguinhas. “Ela falou que ele tinha mexido nela, quando as meninas levaram ela para a diretoria. Só lembro quando a diretora me chamou e contou o que aconteceu”, lembra a mãe. “Ele levou minha filha para um corredor, onde a abraçou por trás e passou a mão nas partes íntimas dela, quando ela começou a chorar”, conta.

O suspeito teria ordenado que a menina ficasse quieta. “Ela não contou para ninguém, só depois de ouvir as amiguinhas falando sobre ele. Eu tentei saber o dia que aconteceu, mas ela não sabe a data do crime, só conta que foi antes dela ganhar o ovo de Páscoa”, lembra a mãe.

Após ser chamada pela direção da escola, a mãe procurou no mesmo dia a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) e registrou boletim de ocorrência, no dia 24 de abril de 2018.

A vítima passou a ser atendida por psicólogos. “Ela ficou com muitos traumas, hoje em dia só dorme se for comigo. Ela também não consegue lavar o cabelo porque tem medo de fechar o olho e alguém fazer alguma coisa”, lamenta a mãe. “Meu maior medo é de que ele saia impune”, destacou a mulher. A audiência do caso foi marcada para a próxima segunda-feira (29).

Em maio do ano passado, o zelador foi afastado do projeto social. Em nota divulgada no dia 15 de maio de 2018, a entidade revelou que o homem era funcionário do local há 3 anos e que a direção nunca recebeu reclamações sobre ele.

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