Após repercussão de denúncia de assédio e propina, médico deixa de atender pela prefeitura

Investigado por exigir propina e também por assediar uma paciente, o médico ginecologista Ricardo Chauvet não está mais realizando atendimentos no Centro de Saúde da Mulher, que pertence ao município de Corumbá – cidade distante cerca de 444 km de Campo Grande. Conforme a prefeitura, os atendimentos de Chauvet na unidade foram interrompidos na segunda-feira […]

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Médico atuava em unidades de Corumbá e caso está na Justiça (Foto: Divulgação)
Médico atuava em unidades de Corumbá e caso está na Justiça (Foto: Divulgação)

Investigado por exigir propina e também por assediar uma paciente, o médico ginecologista Ricardo Chauvet não está mais realizando atendimentos no Centro de Saúde da Mulher, que pertence ao município de Corumbá – cidade distante cerca de 444 km de Campo Grande.

Conforme a prefeitura, os atendimentos de Chauvet na unidade foram interrompidos na segunda-feira (15). Coincidentemente o afastamento do médico se deu após reportagem em âmbito nacional, que mostrou uma gravação onde ele cobra R$ 1 mil de uma paciente para fazer cirurgia de retirada de mioma no útero, mesmo trabalhando e atendendo pelo SUS.

Ainda, conforme nota enviada à imprensa, a prefeitura de Corumbá informou que o procedimento administrativo disciplinar segue sob sigilo para preservar as partes envolvidas. Também destacou que caso for comprovada a veracidade dos fatos, o servidor poderá ser desligado do serviço público municipal.

Entenda

Com o caso da propina divulgado nacionalmente no último fim de semana, veio à tona a denúncia de assédio sexual, ocorrida por duas vezes no final do ano de 2015. A vítima, uma mulher de 32 anos, procurou a delegacia de polícia, pois se sentiu ‘constrangida e com vergonha’ pela maneira com que o médico teria realizado o exame, fazendo com que ela encostasse ‘sem querer’ nas partes íntimas dele.

A paciente gravou o atendimento com o telefone celular – gravação que foi entregue à Polícia Civil.

Durante inquérito policial, foram ouvidos três médicos que falaram sobre como é feito procedimento do exame nas mamas. Diante das testemunhas e relato da vítima, o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público, que já denunciou o ginecologista por violência sexual mediante fraude.