Após o motim que aconteceu no dia 16 deste mês, na penitenciária do estado de San Pedro, no Paraguai, onde 10 detentos morreram carbonizados e decapitados, o governo paraguaio fechou o presídio que abrigava 1.650 internos.

O diretor da penitenciária, Quintin Gonzales reconheceu a precariedade da segurança do local, mas assegurou que apesar de poucos agentes a situação é controlada no presídio. Em um pavilhão da penitenciária estão encarcerados cerca de 150 membros do PCC.

Apenas 19 agentes fazem a segurança de 1.650 presos, sendo que na penitenciária capacidade para 900 detentos, segundo o site ABC Color. A maioria dos presos são de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) e da minoria de membros do Clã Rotela.

O motim do dia 16 foi arquitetado pelo líder, o rei do crack, Armando Rotela depois que membros de seu clã foram assassinados pelo PCC. Vídeos em grupos de WhatsApp circulavam avisando sobre a rebelião. O ministro da justiça paraguaia, Julio Javier, disse que as autoridades já haviam sido ameaçadas antes mesmo do motim acontecer, com vídeos que circularam afirmando que iriam derrubar a penitenciária.

Após o motim, uma varredura foi feita dentro da penitenciária que envolveu cerca de 200 policiais. Foram encontrados celulares, armas artesanais e até um pé de maconha dentro de uma das celas. 120 membros da facção criminosa já foram expulsos do país.