Mulheres moradoras na região do Jardim Carioca, em Campo Grande, se reuniram na praça do bairro nesta segunda-feira (19), em protesto por mais segurança após dois esfaqueamentos. A ação ocorre em razão do ataque ocorrido mais cedo, que deixou uma idosa de 75 anos ferida a facadas na região. No dia 29 de julho, outra mulher foi esfaqueada e estuprada na mesma localidade.

A microempresária Jociane Dias da Silva, de 40 anos, uma das organizadores do manifesto, reclamou de problemas no policiamento. “Para atender os moradores, a Polícia Militar fala que não tem viatura, mas para fazer blitz, eles têm. Uma mulher ligou pra polícia mais cedo, falando que tinha um suspeito na região, mas ninguém deu bola e logo depois a vítima foi esfaqueada”, relatou.

Segundo ela, a comunidade também sofre com roubos e furtos. “A única padaria do bairro foi furtada essas dias, levaram dinheiro do caixa. Pequenas lojas também são alvo direto e o problema não é só aqui no Carioca, é em toda região, os bandidos invadem casas e até mesmo carne já furtaram, levaram o alimento das pessoas”, explicou.

A Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) informou que a PM vai reforçar o policiamento no Jardim Carioca e imediações e, inclusive, faz estudo para a realização de operações com mais frequência, contando com apoio de unidades especializadas, incluindo da Polícia Civil.

Conforme noticiado pelo Midiamax, a idosa esfaqueada nesta segunda-feira pediu ajuda depois de sair de uma ruela que faz a ligação entre os bairros Nova Campo Grande e Jardim Carioca, por onde os moradores costumam transitar ensanguentada pedindo por ajuda.

Os bombeiros foram chamados e a vítima levada para a Santa Casa, com um ferimento no pescoço. Ela não soube dizer quem a teria atacado. Nada da idosa foi levado. A suspeita é de que um rapaz magro e alto seria o autor do esfaqueamento. A Polícia Militar faz buscas na região atrás do suspeito.

No dia 29 de julho, uma mulher de 31 anos foi esfaqueada e estuprada no Jardim Carioca. Ela foi atingida por 13 facadas e teve de passar por quatro procedimentos cirúrgicos, na Santa Casa, onde ficou em coma por nove dias. A polícia ainda investiga o caso.