Alunos se encorajam com palestra e denunciam casos de tortura e estupro em MS
Uma operação da Polícia Civil de Água Clara, cidade a 193 quilômetros de Campo Grande, na última sexta-feira (31), terminou com dois homens presos pelos crimes de tortura, cárcere privado, ameaça, lesões e abuso sexual contra criança. Eles foram denunciados por crianças, alunas de uma escola rural da cidade. A operação, denominada “Longa Manus”, foi […]
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Uma operação da Polícia Civil de Água Clara, cidade a 193 quilômetros de Campo Grande, na última sexta-feira (31), terminou com dois homens presos pelos crimes de tortura, cárcere privado, ameaça, lesões e abuso sexual contra criança. Eles foram denunciados por crianças, alunas de uma escola rural da cidade.
A operação, denominada “Longa Manus”, foi realizada pela polícia em conjunto com o Conselho Tutelar. Segundo a Polícia Civil, durante uma palestra feita pelo Conselho aos alunos, as crianças denunciaram os crimes. No primeiro caso, elas contaram que um padrasto mantinha a mulher e os filhos, uma menina de 12 anos e um menino de 7 anos, em cárcere privado. No segundo, crianças teriam sido abusadas sexualmente por motoristas escolares.
Após receberem as denúncias, os conselheiros repassaram o caso para a Polícia Civil, que prendeu dois homens. O suspeito de tortura foi preso em flagrante em casa. A companheira passou por exame de corpo de delito e apresentou várias cicatrizes permanentes nas costas, provocadas pelo autor.
Conforme depoimento das vítimas, o homem, de 33 anos, utilizava uma mangueira de borracha e um pedaço de couro de cela de cavalo, além de uma fivela de cinto para agredir a mulher e as crianças. Além disso, as crianças eram proibidas de se comunicarem com o pai biológico. O suspeito guardava o único celular da casa e só ele poderia dar permissão para uso do aparelho.
Por fim, as vítimas contaram que na última ameaça, o homem teria dito que se a menina de 12 anos contasse para alguém o que acontecia em casa, ela teria a língua cortada. Ele foi preso e responderá pelos crimes de cárcere privado, ameaça, lesão corporal, entre outros. Se condenado, a pena pode ultrapassar os 40 anos de reclusão.
Já sobre a denúncia de abuso sexual de alunos, os policiais localizaram o motorista suspeito e ele negou as acusações. Como muitas testemunhas confirmaram os fatos, o judiciário expediu um mandado de prisão temporária e ele foi detido. Na casa dele, ainda foi encontrada uma arma de fogo, que foi apreendida. O caso será investigado.
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