Weikmam Agnaldo de Matos Andrade da Silva, de 23 anos, foi condenado a 13 anos e seis meses de regime fechado, além de 20 dias-multa, por homicídio qualificado por motivo fútil e ocultação de cadáver, bem como fraude processual. Em maio de 2016, ele matou a avó Madalena Mariano de Matos Silva, 51, por causa de um celular. A sentença foi proferida pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

A primeira tentativa de julgamento de Weikman no dia 19 de fevereiro teve de ser suspensa, após a advogada de defesa ter bum surto em plena sessão dizendo que iria se matar. Quando fazia a defesa, a advogada teria tido um descontrole e passou a falar frases desconexas, que nada tinham a ver com o julgamento, além de ameaçar se matar.

Em uma das frases ditas por Elaine, ela afirmou que estava ali no júri para ‘morrer de joelhos’. “Eu não pari nenhum filho… acho que os senhores devem ter filhos, né? Os filhos dos senhores podem cruzar com alguém como eu”, teria falado, desconcertando os presentes.

Com a situação, o juiz interrompeu o julgamento por entender que Elaine não tinha condições e que o réu estava sem defesa alguma. Com isso, o julgamento de Weikman acabou sendo marcado para esta terça-feira (9), ele acabou condenado pelo júri.

O caso

Segundo depoimento de Weikman aos policiais, na madrugada do dia 14 de maio de 2016, por volta das 3h30, ele deu uma gravata na avó e, após ela desmaiar, bateu a cabeça da vítima no chão. Madalena não resistiu à agressão e morreu, então foi levada pelo neto até o banheiro, onde ele a deu um banho e, em seguida, enrolou o corpo em um edredom.

O neto colocou o corpo da vítima no carro e jogou em um terreno, ainda no Itamaracá, próximo ao macroanel. Ele desenrolou o edredom e ainda esfaqueou o abdome da vítima, para tentar descaracterizar a cena do crime. Weikman contou aos policiais que havia deixado o carro na Rua Cayova, onde o veículo foi localizado e apreendido.

Já os pertences da avó, além do edredom, foram abandonados pelo suspeito nas proximidades do Córrego Vendas. O rapaz, que tinha passagem por desacato, foi preso e responderá por latrocínio, roubo seguido de morte, e ocultação de cadáver. O corpo da vítima passou por perícia e foi levado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal).