Mais de um ano e seis meses se passaram da morte da corretora de imóveis, Ana Paula de Souza, assassinada a tiros na varanda de casa no bairro Moreninhas, em . Um crime que até hoje, segue sem solução. A DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de ) está à frente das investigações.

A falta de respostas é a angustia da família e principalmente da mãe de Ana Paula. “Eu quero saber o que aconteceu, até hoje ninguém disse nada, não tenho respostas”, lamenta Terezinha Pereira de Souza. “Ligo todas as vezes na delegacia, pergunto como está o caso, porque eu tenho o direito de saber”.

Depois do crime, dona Terezinha mudou da casa onde morava com a filha – que morreu aos 37 anos – e hoje vive das lembranças. “Uma pessoa boa, sorridente, minha companheira”, disse. “Ela nunca foi de dever ninguém e quando precisava de qualquer coisa sempre chegou em mim e pediu, nunca teve problemas com isso”, comentou.

Inicialmente o caso foi investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, que pediu prazo maior para concluir a investigação, mas até o fim deste prazo, não chegou a nenhum suspeito. Em janeiro, o delegado que estava à frente das investigações, Tiago Macedo afirmou a reportagem que ouviu 20 pessoas durante o inquérito policial e trabalhava com várias linhas de investigação, inclusive tráfico de drogas. No entanto, o caso foi levado para a DEH.

Já na Delegacia de Homicídios, até hoje o inquérito está aberto. A reportagem tentou contato com o delegado, que não repassou informações sobre o andamento do caso até a publicação desta reportagem.

O crime aconteceu no dia 7 de janeiro de 2018, no bairro Moreninhas, em Campo Grande. Ana Paula chegava em casa acompanhada da mãe, momento em que foi abordada por um homem armado. Ele teria feito perguntas e disparou contra a mulher, que foi atingida por dois tiros e caiu na varanda de casa. O socorro foi acionado, mas a vítima não resistiu.

De acordo com informações, um veículo Fiat Pálio, de cor vermelha, teria passado algumas vezes em frente à residência. As câmeras de segurança próximas a casa da corretora foram analisadas pela perícia, mas não foi possível identificar o rosto dos autores.