Foi morta com 17 facadas
As seis travestis que mataram ‘Paola Bracho’ (Marciano Ferreira dos Reis, de 40 anos) com 17 facadas foram julgadas nesta quarta-feira (7), sendo que uma delas foi absolvida e as outras cinco condenadas a 14 anos de prisão em regime fechado.
De acordo com a sentença proferida Vanessa, 25 anos, (Leandro Daniel da Silva Sena) foi absolvida pelo crime, já Rarine, 27 anos, (Alex Martins Joaquim); Kimberly, 25 anos, (Gleison Venilson da Silva Martins); Julia Maravilha, 27 anos (Jullyan Luccyan de Oliveira Mendes); Rakelly Gomes, 24 anos, (Marcelo Flávio Gomes Pinheiro); Ana Júlia Pugliesi, 18 anos (Matheus Elias Camargo Júlio), foram condenadas a 14 anos e 6 meses de prisão.
De acordo com a sentença o crime aconteceu em uma disputa por ponto de prostituição na cidade, sem dar chance de defesa para a vítima, que foi morta em uma emboscada com 17 facadas.
O crime
‘Paola’ foi morta em março de 2017. Ela teria saído há alguns dias do presídio e, desde então, estaria cobrando taxa para que as colegas pudessem trabalhar nas ruas. Segundo registro feito por três travestis, ela fazia ameaças de morte e dizia “Quem quiser trabalhar na rua em Dourados tem que pagar a taxa de R$ 50”.
O registro pela ameaça e extorsão foi feito por volta das 23 horas, pouco antes do homicídio. Informações na época são de que Paola teria sido vítima de emboscada e assassinada por 8 travestis. Ela estava na Rua João Cândido da Câmara, no Jardim Central, quando duas das autoras passaram em um Fox prata e a chamaram.
Neste momento, a vítima foi cercada pelas 6 travestis, de acordo com relato de testemunhas, esfaqueada 17 vezes e agredida a golpes de barra de ferro. As 6 autoras fugiram no Fox prata, enquanto as testemunhas acionaram Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Guarda Municipal.
A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Perícia e Polícia Civil foram acionadas e registraram o caso como homicídio doloso, quando há intenção, qualificado se o crime é praticado em concurso de duas ou mais pessoas. Algumas autoras foram identificadas e são procuradas pela polícia.
