Pedido foi aceito pela Justiça
Alegando estar “fora de seu juízo” e necessitando “com máxima urgência” de tratamento psiquiátrico, Roberson Batista da Silva, de 33 anos, responsável pela morte de Mayara Fontoura Hosback, de 18 anos, no dia 16 de setembro, solicitou à Justiça liberação para receber acompanhamento médico com especialista em psiquiatria durante o período em que estiver preso.
Na petição feita no dia 27 de novembro, a defesa de ‘Robinho' justifica a solicitação citando frases ditas por ele em momentos de desequilíbrio mental.
“doutor os policiais sequestraram todos os meus familiares é um golpe doutor, se o senhor não chega-se aqui hoje antes da 10h30min eles iriam me matar lá no forte doutor'', teria dito em uma conversa com o advogado que o representa.
Assim, a defesa solicitou “encaminhamento ao hospital adequado para tratamento psiquiátrico, nesta cidade, com urgência, para que realize exames e receba prescrição de medicamentos necessários ao tratamento”, além disso, pediu que os “familiares sejam
comunicados da data e horário do seu caminhamento ao hospital, para que possam acompanhar os procedimentos realizados”.
Em sua decisão, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira acatou o pedido e autorizou que Roberson seja escoltado para atendimento médico sempre que necessário.
Relembre o caso
Mayara Fontoura de 18 anos foi assassinada na madrugada deste do dia 16 de setembro na casa onde morava no Bairro Universitário, em Campo Grande.O suspeito teria invadido a casa da jovem para matá-la, durante a madrugada.
A jovem foi encontrada deitada na cama, enrolada apenas a um edredom, já sem vida. Vestígios de sangue foram encontrados pela polícia no quarto e o banheiro da casa e a arma do crime, uma tesoura, foi deixada pelo autor ao lado do corpo.
Mayara vivia com o autor do crime desde 2015. Com mais de dez passagens envolvendo apenas casos de violência doméstica, o suspeito acabou preso em abril deste ano em cumprimento a dois mandados de prisão, uma tentativa de homicídio e uma lesão corporal, ambos os crimes contra a ex-mulher.
O homem foi condenado pela lesão corporal a três meses de reclusão, em regime aberto e a três anos e sete meses pela tentativa de homicídio. Foi preso e fugiu do sistema prisional de Campo Grande pelo menos três vezes. Ainda assim, recebeu a liberdade provisória do dia 14 de setembro, véspera do assassinato de Mayara, por ter cumprido parte das penas e não ter “registro de falta grave em 2016”.