Servidor executado com tiros de fuzil na Guaicurus já tinha sido preso duas vezes

Militar foi inocentado das acusações

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Ilson foi executado em junho do ano passado (Foto: Arquivo
Ilson foi executado em junho do ano passado (Foto: Arquivo

Ilson Martins Figueiredo, chefe de segurança da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul executado na manhã desta segunda-feira (11), já tinha sido preso por duas vezes. A primeira prisão aconteceu em 1982 e a outra, em 2008.

Em 17 de agosto 1982 Ilson foi acusado, junto de mais dois colegas de farda, de participar de um roubo a um posto de combustível e a uma casa lotérica, em Campo Grande, onde ocorreram duas mortes. Ilson foi preso e expulso da corporação.

Apenas em 1º de setembro ele deixou o presídio depois que o verdadeiro autor do roubo, José Alcebíades conhecido como ‘Pastor’, foi preso por policiais da Derf (Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos).

O policial conseguiu reverter sua expulsão voltando à corporação, mas em junho de 2008 foi preso mais uma vez em uma casa em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã, com mais dois policiais.

Na casa foram encontrados três fuzis, dois rifles, duas pistolas e quatro revólveres. Um foragido da Justiça, Alberto Aparecido Roberto Nogueira, condenado há 20 anos por pistolagem estava no local junto com Ilson. À época eles responderam por associação criminosa na Justiça paraguaia.

O sargento se aposentou em 1997 e, em março de 2015, foi nomeado no cargo de Diretor de Segurança e Informação da Assembleia Legislativa, em Campo Grande.

A execução

Islon Martins Figueiredo estava conduzindo um Kia Sportage, na Avenida Guaicurus, na manhã desta segunda (11), quando foi surpreendido e seu carro alvejado por diversos tiros de arma de grosso calibre, entre elas, um fuzil. Aproximadamente 18 cápsulas foram recolhidas pela perícia no local. Depois de ser atingido, o veículo que ele dirigia bateu contra o muro de uma casa.

Os pistoleiros que executaram o chefe da segurança usaram uma metralhadora e um fuzil AK-47 no crime. Encapuzados, vestindo preto e com coletes à prova de balas, os pistoleiros começaram a atirar contra o carro do policial aposentado uma quadra antes do local onde o carro parou.

A ação assustou quem passava pela Avenida Guaicurus. Muitos acharam que se tratava de um acidente de trânsito, quando viram o carro batido contra o muro. Ao tentar parar e ajudar, um motorista quase teve seu carro alvejado pelo trio que assassinou Ilson.

Uma testemunha que presenciou toda a ação dos pistoleiros disse ao Jornal Midiamax que o Kia Sportage conduzido por Ilson Martins vinha pela Avenida Guaicurus e, no mesmo sentido, vinha um Fiat Toro com três ocupantes.

Uma quadra antes de onde o carro colidiu contra um muro, os pistoleiros já vinham perseguindo e atirando contra o carro do chefe da segurança da Assembleia Legislativa.  Quando Ilson perdeu o controle e bateu, os atiradores desceram encapuzados e abriram fogo contra o carro.

De acordo com a testemunha, um deles ainda tentou abrir a porta do carro e, como não conseguiu, passaram a desferir vários tiros contra o veículo de Ilson, que morreu no local.

Carros incendiados e execução

Nas imediações na Rua Piracanjuba o carro usado na execução de Ilson Martins Figueiredo, um Fiat Toro, foi encontrado incendiado. Os autores ainda não foram localizados pela polícia.

Um segundo carro, uma Toyota SW4, foi encontrada incendiada na MS-040, na saída para Rochedo, próximo a um pesqueiro. Segundo o delegado Fernando Meireles, da 5º DP, este carro também teria envolvimento na morte do policial aposentado.

 

 

 

 

 

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