Pular para o conteúdo
Polícia

Risco baixo e lucro alto fazem traficantes migrarem para o contrabando de cigarros, diz PF

Negócio se tornou atraente para criminosos
Arquivo -

Lucro significativo e pena mais branda têm feito com que criminosos especializados no tráfico de drogas abandonem ou reduzam a atuação na área e migrem para o contrabando de cigarros. A mudança, identificada pela Polícia Federal, justifica o crescente número de apreensões realizadas pela polícia nos últimos meses. Ainda assim, o negócio parece atraente para os criminosos.

Delegado da PF, Luciano Flores de Lima explica que enquanto a pena para o tráfico de drogas varia de 3 a 15 anos de prisão, para contrabandistas condenados a penalidade é de no máximo 5. “Por este motivo o risco acaba sendo menor enquanto o lucro continua alto”, afirma.

Outro atrativo segundo o delegado é a proximidade com o Paraguai, de onde são trazidos os cigarros que são distribuídos para todas as regiões do Brasil, o que faz com que Mato Grosso do Sul se torne rota dos ‘cigarreiros’. Já no País, os produtos são comercializados por preço bem abaixo do valor de mercado, já que a carga entra em território nacional sem pagar alta carga tributária do setor.

A ‘máfia’ está tão atrativa que se popularizou até entre policiais. Operação desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado)  em maio e junho deste ano, prendeu 29 policiais militares suspeitos de integrar grupo criminoso que cobrava propina para facilitar a entrada de cigarros contrabandeados no Estado.

Ainda segundo Luciano de Lima, a ‘facilidade’ vista pelos criminosos fez com que várias quadrilhas  fossem detectadas atuam na ‘máfia cigarreira’, não só a dos policiais militares, identificada pelo Gaeco. Por isso, para o delegado a prisão dos militares não é suficiente para diminuir significativamente o contrabando, “É preciso muitas outras investigações e prisões. É preciso um esforço conjunto de todas as polícias para reduzir essa prática”, finaliza.

Operação Oiketikus

A Operação Oiketicus foi deflagrada no dia 16 de maio pelo Gaeco em conjunto com a Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. No dia da operação foram presos 21 militares.

Já no dia 13 de junho em continuidade a operação mais oito policiais militares foram presos, entre eles um tenente da reserva.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
enem

Enem 2025: Mato Grosso do Sul tem 57 mil candidatos inscritos no exame

Condenada por matar rival a facadas é presa no Buriti em Campo Grande

MSVia abre vagas para diversos setores em MS, com oportunidades para PcDs

Inspeções em Ponta Porã e Paraguai devem destravar aeroporto binacional na fronteira

Notícias mais lidas agora

MS alega na Justiça que chineses receberam incentivos para megaindústria, mas abandonaram área

Tarifaço dos EUA: Nelsinho Trad diz que comitiva não tem prerrogativa para negociar

TAMANDUA ENFRENTA ONÇAS NO PANTANAL

Desfecho impensável: tamanduá se recusa a virar comida e enfrenta 3 onças no Pantanal

Dólar continua caindo e chega a R$ 5,52

Últimas Notícias

Cotidiano

Novo Pac destinará R$ 87 milhões para a saúde em Mato Grosso do Sul

Com o recurso, o estado garantirá 279 novas obras, veículos e equipamentos

MidiaMAIS

Fã de Ozzy Osbourne deu nome do cantor a filho nascido em Campo Grande

Bebê nasceu em fevereiro de 2025, na Maternidade Cândido Mariano

Conteúdo de Marca

Um guia para iniciantes sobre RTP em cassinos online

Se você já jogou em algum caça-níquel online, jogou roleta ou se arriscou num blackjack, provavelmente já se deparou com esse tal de RTP. Mas afinal, o que esse termo quer dizer e por que ele importa tanto para quem curte apostar? Na prática, entender como o RTP funciona pode te ajudar a gastar menos … Continued

Polícia

Ao sacar dinheiro, idosa cai no golpe do ‘chupa-cabra’ na Vila Bandeirantes

A vítima teve a conta bancária zerada pelos golpistas que estavam em Campo Grande