Depen confirma greve de fome e nega acusações dos detentos
Suposto comunicado do PCC que circula em redes sociais convoca membros da facção criminosas para alerta geral, depois de presos do presídio federal de Campo Grande, aderirem a greve de fome em protesto a supostas agressões e maus-tratos na unidade. O ato de manifestação dos internos começou há duas semanas.
O texto informa que os internos reclamam de “descaso” na penitenciária que estaria servindo comida azeda, além do desrespeito com familiares em dias de visita e agressões por parte de agentes. “Convocamos todos irmãos e companheiros de todos os estados para estarem em alerta pois não iremos admitir que nossos irmãos e companheiros sejam agredidos e tratados da forma que estão sendo”, diz a nota.
No aviso, o PCC pede que um juiz federal vá até a unidade para escutar os presos, que segundo o comunicado, “vivem sob total opressão e maus-tratos”.
Em resposta, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) confirmou a greve de fome dos internos e informou que os presos e recebem atendimento médico dentro da unidade.
“São improcedentes as afirmações de maus tratos. As penitenciárias federais são modelo de respeito integral aos princípios constitucionais de legalidade, individualização da pena e respeito dignidade da pessoa humana”, afirmou o Depen.
O Depen explicou ainda que já “oficiou sobre o movimento de greve de fome a todos os órgãos relacionados à execução penal no sistema penitenciário federal. São eles: o juiz corregedor federal, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública Federal”.