Suposta ação do PCC fez com que a Justiça determinasse o fechamento por 20 dias do aeroporto municipal de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Informações são de que a cúpula da facção criminosa estaria planejando resgatar membros do grupo. A determinação coincide com o envio de tropas da Comando e Operações Especiais (COE), das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do agrupamento aéreo Águia na cidade.
O despacho do juiz Gabriel Medeiros determina o fechamento imediato do aeroporto, já que está localizado próximo à Penitenciária II de Presidente Venceslau, onde está preso Marco Willians Camacho, o Marcola, considerado o líder do PCC.
“Recebi informações acerca de possível movimentação arquitetada por conhecida facção criminosa”, escreveu o magistrado. “Há enorme preocupação com o aeroporto municipal, pois muito próximo ao estabelecimento prisional, permitindo logística para atuação da referida organização criminosa.”
A inteligência da polícia detectou que havia um plano para resgatar com aviões integrantes do PCC que estão no presídio, entre eles Marcola.
Além da interdição, o juiz determinou que a prefeitura coloque barreiras físicas para impedir pousos não autorizados. O prazo de 20 dias, segundo o despacho, é considerado “necessário para eliminação dos transtornos”.
A prefeitura de Presidente Venceslau informou que já na tarde desta quarta-feira fez a interdição da pista.
As tropas da Polícia Militar chegaram à cidade no fim de semana – normalmente elas são acionadas quando há suspeita de ação de organizações criminosas. Oficialmente, a corporação informou que elas foram deslocadas para o município para um treinamento. Também foram enviadas para Presidente Venceslau batalhões das polícias de Bauru e Araçatuba.
*Por Estadão Conteúdo